Destaques do SC Braga: O fogo de Djaló e a aula de futebol do sr. Moutinho

Irreverência do extremo levou guerreiros para a frente na adversidade; Expulsão de Niakaté deixou equipa desorientada até ao intervalo; Moutinho e Zalazar encheram o meio-campo

VICTOR GÓMEZ (5) - O constante vaivém pela ala já faz parte do menu habitual e tentou, em incursões pelo meio, desmontar a defensiva alemã. Tirou cruzamento milimétrico para a cabeça de Djaló mas lá atrás sofreu muito com as subidas de Roussillon e Gosens. No lance do golo ficou nas covas, não recuperou e desequilibrou a equipa.

JOSÉ FONTE (4) - A experiência é-lhe muito útil mas faltaram-lhe velocidade e centímetros, sobretudo para lidar com a entrada de Fofana. Aos 84’ deixou o avançado saltar nas suas costas e por pouco não fez o golo e, aos 89’, lance a papel químico com o mesmo Fofana, mas rente ao relvado, após cruzamento da esquerda.

BORJA (5) - Certinho. Não deu espaço ao irrequieto Volland e não subiu muito, mas quando o fez, sobretudo a partir dos 60’, fê-lo com critério e qualidade. Bom jogo.

JOÃO MOUTINHO (7) - Ao olhar para o BI será preciso esfregar os olhos para perceber se não estamos a ver mal quando olhamos para a idade. Mas também é pela enorme bagagem que os 37 anos lhe dão que pode dar aulas sobre o que um médio deve fazer em campo, como fez no 75.º jogo da carreira na Champions. Acelera quando tem de acelerar, acalma quando a equipa precisa, faz faltas cirúrgicas para travar o perigo sem entrar no risco disciplinar. Se nem se notou que a equipa jogou com menos um muito se deveu à sua exibição do médio.

VÍTOR CARVALHO (5) - Fiável e útil na pressão ao portador da bola, acabou por ser o sacrificado por Artur Jorge para recompor a defesa após a expulsão de Niakaté.

RODRIGO ZALAZAR (7) - Foi do menos ao mais. Atrás de Banza não encontrou espaço para entrar no jogo, mas foi um dos que resgataram a equipa quando ficou em inferioridade numérica. Baixou para o lado de Moutinho e, sempre em alta rotação, recuperou várias bolas e iniciou inúmeros ataques perigosos. A qualidade com bola, já se sabia, é muita, mas mostrou que também se pode contar com ele para outro tipo de trabalho.

RICARDO HORTA (6) - Numa posição híbrida entre a esquerda e o eixo central confundiu Juranovic. Recuperou a bola para assistir Álvaro Djaló no golo e mostrou enorme compromisso a ajudar Borja a defender. Chegou às 11 assistências na temporada, recorde de carreira, e ainda nem virou o ano...

BANZA (5) - Pelo ar teve dificuldades em bater-se com Knoche e Diogo Leite, mas não se entregou e deu trabalho à defensiva alemã. Aos 16’, após cruzamento rasteiro de Horta, teve o golo nos pés, mas Roussillon tirou-lhe a alegria em cima da linha. Aos 64’ foi protagonista de bom lance individual na área, mas o remate saiu um pouco por cima.

SERDAR (5) - teve de entrar a frio, com todas as dificuldades que isso acarreta num jogo de Champions, mas esteve à altura do acontecimento. Sereno, cumpriu e deu segurança lá atrás.

ABEL RUIZ (5) - com a equipa em inferioridade teve missão ingrata, mas ainda esteve perto do golo, aos 71’, num perigoso remate em arco.

ANDRÉ HORTA (5) - Refrescou o meio-campo e ajudou a equipa a circular com critério.

JOE MENDES (5) - entrou para estancar a sangria provocada por Gosens e Roussillon.

ROGER (--) - Foi cartada de Artur Jorge para tentar agitar as águas.