Destaque do Sporting: magia de Marcus Edwards num slalom de gigante
Edwards na festa do golo em Alvalade. LIGA PORTUGAL

Destaque do Sporting: magia de Marcus Edwards num slalom de gigante

NACIONAL05.11.202323:35

Quando o pequeno inglês se agiganta algo de extraordinário acontece: golo a serpentear entre quatro e uma assistência; Bragança e Paulinho na festa; Gyokeres é bom mesmo sem marcar; Pedro Gonçalves sempre em jogo

Melhor em campo: Marcus Edwards (8)

Como uma serpente fez slalom pela direita a tirar quatro estrelistas da frente e a fuzilar para repor o empate (71’)! Quando o Sporting precisou de um gigante teve-o no pequeno inglês (1,68 metros) que relançou o leão no jogo e deixou as bancadas em delírio. Oito minutos depois assistência teleguiada para a cabeça de Paulinho e Alvalade em delírio total! Magia pura de Edwards que logo aos 8’ fizera o primeiro remate e perigoso do jogo. Tentou várias vezes o um para um contra um denso muro estrelista. Aos 43’ recebeu a bola longa de Hjulmand, progrediu, centralizou e rematou mas a bola bateu nas costas de um defesa. O pequeno agiganta-se cada vez mais!

(6) Adán — Foi chamado a intervir pela primeira vez aos 15’, para defender remate à figura de Ronald. Mas foi aos 37’ que teve de aplicar-se e acabou por ser fundamental a segurar a vantagem de 1-0 que Daniel Bragança conquistara há quatro minutos: defendeu remate de Léo Jabá que isolado lhe apareceu pela frente. No segundo golo do Estrela estava um pouco adiantado mas em sua defesa tem o alibi de estar atento ao contra-ataque — e não contava que Coates fosse batido.

(6) Diomande — Atento aos avançados quando estes imprimiam velocidade no contra-ataque. Aos 45+1’ bom corte a evitar chatices. Com a saída de Coates passou da esquerda para o centro do trio.

(4) Coates — Assumiu o comando da defesa e desempenhou bem o papel na primeira parte. Mas logo ao início da segunda, no entanto, foi de carrinho a tentar evitar cruzamento mas com o braço levantado tocou a bola com a mão e fez o penálti que permitiria o 1-1. E no segundo deixou escapar Kikas.

(5) Matheus Reis — No lado esquerdo do trio defensivo cumpriu a missão sem rasgos, até que saiu aos 59 para Gonçalo Inácio recuperar o lugar que lhe pertence.

(5) Esgaio — Por um par de vezes tentou servir os homens de área com cruzamentos que teimavam em não levar o melhor caminho. Só aos 45’ se destacou e colocou direitinho a bola na cabeça de Coates, que no entanto cabeceou ao lado.

(7) Daniel Bragança — Tentou pegar no jogo mas estava difícil entrar pela bloco estrelistas, muito compacto. Teve a paciência que Amorim pedira para desmontar a teia amadorense e aos 33’ surgiu à entrada da área para marcar o golo que poderia desbloquear o jogo: servido por Gyokeres rematou colocado para o 1-0. O golo soltou-o e aos 40’, espontâneo, rematou embora com a bola a não acertar no alvo. Aos 51’ mais um remate perigoso mas sem a melhor direção.

(6) Hjulmand — Boa incursão na área do Estrela aos 12’: apareceu em zona de finalização mas o remate saiu mais um cruzamento. Procurou envolver-se mais no ataque, com incursões em terrenos mais ofensivos. Amorim pedira circulação de bola e pelos pés do dinamarquês ela muito passou. E se não dava para conduzi-la em progressão ia através do passe longo, como aos 43’ em que encontrou Edwards na direita em boa posição para criar perigo. Aos 57’ teve o golo nos pés mas António Filipe defendeu.

(6) Nuno Santos — Bom entendimento com Pote a preparar ataque pela esquerda. Na hora do aperto levou a equipa para a frente.

(7) Gyokeres — Perigoso como sempre, mesmo que não seja a marcar. Desta vez foi a assistir Bragança no 1-0, num movimento decisivo a sair do centro para o corredor esquerdo, arrastando a defesa e logo voltando a terreno mais interior e a passar de bandeja para o médio marcar. Antes, aos 26’, já usara o corpo para servir Pedro Gonçalves, e depois aos 43’, em força e velocidade, quase que servia o camisola 8 para aumentar a vantagem. Uma máquina incansável que merecia o golo que quase marcou na compensação.

(7) Pedro Gonçalves — Aos 22’ fartou-se de ver a bola a andar de um lado para o outro e pegou nela para rematar de longe, porém ao lado. De Gyokeres recebeu aos 26’, na área, com a bola a sair à malha lateral. Engane-se quem pensa que está arredado do jogo, não está, está só à espera de uma oportunidade que apareceu aos 82’: golo cantado defendido por António Filipe.

(6) St. Juste — O jogo estava efervescente e pelo seu lado pouco passou. Começa a ganhar cada vez mais confiança. 

(6) Gonçalo Inácio — Perto dos 90’ teve corte crucial quando o Estrela ainda sonhava.

(6) Trincão — A ganhar cada vez  mais confiança, saltou mais alto aos 88’ e viu António Filipe negar-lhe golo em cima da linha. Pela direita tentou esticar o jogo.

(7) Paulinho — Uma oportunidade para mostrar os dentes e um golo, o da vitória (79’)! E todo o estádio cantou o seu nome!