Médio desvalorizou episódio de cânticos racistas no autocarro da Argentina
Rodrigo De Paul reagiu à polémica provocada pelo vídeo de Enzo Fernández durante os festejos da conquista da Copa América, desvalorizando os cânticos racistas e homofóbicos visando a seleção francesa entoados pelos jogadores da Argentina no autocarro.
«A intenção não foi ser discriminatório. Não analisamos a letra das canções. Percebemos que as pessoas que sofreram de racismo possam não gostar», afirmou no podcast OlgaEnVivo, antes de visar jogadores como Wesley Fofana, que nas redes sociais criticara Enzo, com quem joga no Chelsea — «O futebol em 2024: racismo descomplexado».
Wesley Fofana deixou mensagem nas redes sociais. Jogadores argentinos entoaram cânticos racistas contra franceses. Federação gaulesa pediu à FIFA para investigar
«Acho que se algum dos companheiros de equipa do Enzo se sentiram ofendidos deveriam ter falado com ele e não fazer publicações nas redes sociais. Penso que há um pouco de maldade aí, a vontade de pôr o Enzo numa situação que nada tem a ver com ele. É muito estranho, é como pontapear alguém quando já está KO», defendeu.
«Falamos de pessoas que estão contigo o tempo todo no balneário, nas viagens. Há confiança. Deixar de segui-lo nas redes sociais parece-me inútil. Podes chamá-lo e dizer-lhe 'Olha, podemos sentir-nos afetados. Porque não partilhas uma mensagem a pedir desculpa?' E acaba o assunto. Não percebo porquê tanto show», reforçou.
Presidente argentino considera que «nenhum governo pode dizer o que comentar, pensar ou fazer a seleção argentina campeã do mundo e bicampeã americana»
Sublinhe-se que, na sequência do episódio, o Chelsea anunciou a abertura de um processo disciplinar interno a Enzo Fernández, a FIFA revelou que está a investigar o caso e a Federação Francesa de Futebol informou que apresentou queixa junto dos tribunais.