«Criámos as nossas oportunidades e não fomos totalmente dominados»: tudo o que disse Vasco Botelho da Costa na sala de Imprensa
Técnico do UD Leiria lamentou a forma como a sua equipa não se conseguiu ajustar taticamente na primeira parte, mas sublinha a subida de produção na etapa complementar; se aquela bola de Jair Silva tem entrado...
Apesar da derrota, está satisfeito com o rendimento da sua equipa? O que falhou na estratégia diante de um adversário que já reconheceu publicamente ser um dos mais fortes em Portugal?
- O rendimento é ganhar e não ganhámos, portanto, nunca estamos satisfeitos por não ganhar. Sabíamos que íamos ter um jogo difícil e isso ficou provado. A qualidade da equipa do Sporting é tremenda e voltou a ficar aqui demonstrada. Tínhamos uma estratégia que sabíamos que estava muito condicionada por aquilo que não podíamos conceder ao Sporting, nomeadamente o espaço nas nossas costas, e isso ficou provado no lance do segundo golo. Mas tenho de deixar uma palavra de elogio aos meus jogadores, que foram incríveis na forma como se entregaram ao jogo. Sendo difícil para nós, pois não estamos habituados a jogar duas vezes por semana, é bom sinal termos chegado aqui.
O rendimento do UD Leiria subiu bastante da primeira para a segunda parte. O que é que mudou?
- A intensidade da pressão do Sporting durante a primeira parte foi mais forte, tendo em conta o aspeto físico e o resultado. Uma equipa que está a ganhar 2-0, inconscientemente já não pressiona com a mesma intensidade. Na nossa dinâmica ofensiva da primeira para a segunda parte o que mudou foi a coragem, que tivemos mais, e a calma com bola. Em termos de posicionamento tentámos criar um terceiro jogador no meio-campo, juntando o Lucho Vega ao Diogo Amado e ao D’Avila, para passarmos a ter superioridade. E a verdade é que tivemos e melhorámos. Na primeira parte não tínhamos conseguido isso, não só pelo mérito do Sporting, mas também porque fomos algo precipitados nos momentos da transição ofensiva.
Jair Silva desperdiçou uma excelente ocasião para reduzir a desvantagem logo a abrir a segunda parte. Pode ter sido um momento determinante?
- Sabíamos, porque são dados estatísticos, que o Sporting concede mais golos nas segundas partes e, por isso, a mensagem ao intervalo foi para os jogadores acreditarem que ainda era possível. Não deixámos que houvesse descrença por estarmos a perder 0-2. Tivemos mérito como entramos na segunda parte, podíamos ter marcado, mas é futebol. Contam as que entram. Não saímos daqui sem oportunidades criadas, ressalvo isso, e não foi um jogo onde tivéssemos sido totalmente dominados. Tivemos as nossas situações de golo, não conseguimos concretizar, agora não há que lamentar. É seguir o nosso caminho.