Cónegos trancaram o ouro sem correr qualquer sobressalto: a crónica do Farense-Moreirense
Madson aproveitou uma das escassas oportunidades para definir a diferença; depois foi guardá-la com irrepreensível organização defensiva.
Práticos e com eficácia (quase) a 100%, o Moreirense partiu para um triunfo sólido e incontestável. Os minhotos aproveitaram uma das raras oportunidades que se viu no São Luís e depois fecharam os caminhos da sua baliza muito bem e sem correr grandes riscos.
Com Gonçalo Franco a manobrar e efetuando grande pressão na fase de construção do Farense, os cónegos tomaram conta das operações e instalaram-se no meio-campo defensivo do Farense. Essa conquista de metros limitou os algarvios nas saídas e, apesar de não serem criadas grandes oportunidades, foi corroendo a defesa. Depois de Gonçalo Franco (8) ter visado a baliza de Ricardo Velho – a bola passou próxima dos ferros – só passados 20 minutos é que surgiu nova ocasião, e que acabou por ser decisiva, com Madson a marcar. O Moreirense foi paciente, soube consumir o adversário e foi eficaz, marcando na segunda oportunidade que teve em todo o jogo.
A apatia do Farense foi generalizada e a reação ficou limitada com a expulsão de Mattheus Oliveira aos 34 minutos. Os algarvios não efetuaram qualquer remate perigoso na direção da baliza – Kewin limitou-se a desfazer cruzamentos – e o mais perto que estiveram de evitar a derrota foi num tiro de fora da área de Elves Baldé, que passou perto do poste direito. Um lance que ilustra as dificuldades sentidas pelo Farense, que não teve oportunidades de finalizar dentro da área, mesmo no período de maior assédio dos algarvios, na parte final do jogo, com recurso ao futebol direto, quando José Mota arriscou tudo, com a sua equipa a terminar o encontro com os extremos Elves Baldé e Belloumi… como laterais! E esse mesmo lance também simboliza a irrepreensível organização defensiva dos minhotos, que nunca vacilaram, levando assim o ouro (pontos) sem sobressaltos para Moreira de Cónegos.