Casa Pia-Farense, 1-1 Jaime Pinto teve tudo para voltar a encher o… Baldé (crónica)
Avançado falhou um golo cantado no último lance do desafio. Logo a abrir, Elves colocara os algarvios na frente num momento de antologia. Lisboetas reagiram bem e Cassiano deu castigo máximo aos leões
Comecemos… pelo fim. Minuto 90+5: Jaime Pinto ganha um ressalto a Ruben Kluivert – o defesa-central neerlandês tentou aliviar a bola, mas esta bateu no adversário e deixou-o completamente isolado -, entra na área casapiana e só com Patrick Sequeira pela frente, com tudo (mas literalmente tudo!) para marcar, rematou ao lado do poste direito da baliza defendida pelo guarda-redes internacional costa-riquenho. Nesse momento, a história podia ter mudado radicalmente e o Farense poderia estar a festejar a conquista de três (importantes) pontos. Não aconteceu e o desânimo foi total nas hostes algarvias.
Jaime Pinto podia, portanto, ter voltado a encher o… Baldé. Porque (agora, sim, começando pelo princípio) Elves pintou uma verdadeira obra de arte aos 7 minutos e o golo (perdão, o golaço!) que apontou é candidato a golo da jornada… e a golo da época: ainda dentro do círculo central do meio-campo, o número 7 dos leões de Faro viu Patrick Sequeira adiantado e, sem pedir licença… vai já daqui! Resultado: bola dentro da baliza e um quadro para emoldurar para a eternidade.
O Casa Pia foi obrigado a reagir e tomou conta das operações. Ainda que, diga-se em abono da verdade, com uma posse de bola muitas vezes inócua. Até que, à passagem da meia hora, Nuno Moreira tentou a jogada individual pela esquerda e foi travado em falta por Marco Moreno, já dentro da área. Chamado à conversão do penálti, Cassiano não perdoou e devolveu a igualdade ao marcador.
A etapa complementar também foi jogada sob o desígnio do equilíbrio, mas com o Farense mais ousado no último terço. Patrick Sequeira negou o golo a Paulo Victor (51’) Artur Jorge cabeceou ao poste (74’). Pelo meio, Leonardo Lelo (59’) e Rafael Brito (74’) ameaçaram para os casapianos, que protestaram uma grande penalidade sobre Ruben Kluivert (77’).
Chegando, então, ao fim, voltamos ao início: Jaime Pinto podia ter levado os três pontos para o Algarve, mas o pé esquerdo foi pequeno para suportar o peso da vitória.