«Chupistas, cancros e corruptos»: melhor marcador do CAN reage a suspensão
Emilio Nsue ao serviço da Guiné Equatorial IMAGO / Samuello Sports Images Gh

«Chupistas, cancros e corruptos»: melhor marcador do CAN reage a suspensão

INTERNACIONAL16.02.202419:24

Emilio Nsue deixa acusações à federação de futebol da Guiné Equatorial

Após o anúncio da federação de futebol da Guiné Equatorial (FEGF), no dia 13 de fevereiro, que dava conta da suspensão de Emilio Nsue, o melhor marcador do CAN 2024, eis que, esta sexta-feira, o próprio jogador contou a sua versão dos incidentes durante o torneio.

Tanto Nsue como Iván Salvador, colega de seleção, foram suspensos por «problemas disciplinares». Após essa declaração, os jogadores da Guiné Equatorial redigiram uma carta aberta em que apoiavam publicamente os colegas de equipa e denunciavam a atitude da federação. Além disso, os atletas denunciaram também o desaparecimento de vários bónus (cerca de €760 mil) que os jogadores deveriam receber. 

De modo a defender-se das acusações federativas, Emilio Nsue e Iban Salvador contaram a sua versão dos factos, num direto realizado em conjunto nas redes sociais.

«Estes chupistas, cancros e corruptos que dirigem o futebol na Guiné Equatorial roubaram €1 milhão depois do CAN nos Camarões [em 2022], depois de termos dado tudo em campo. Eles prometeram que iam injetar esse dinheiro para desenvolver o futebol local. Não nos vamos calar só porque eles querem. Onde está o dinheiro que nos devem? Nunca vimos», afirmou o melhor marcador do CAN enquanto exibia documentos.

Nsue também garantiu que a federação há vários anos que não paga o hotel onde a equipa fica hospedada em cada concentração. Como resultado, durante a preparação para o CAN 2023, a seleção foi expulsa desse mesmo hotel e forçada a mudar-se com urgência.

«O nosso treinador, um dos melhores de África, é constantemente ameaçado e chantageado. Querem dividir o grupo. Eles humilharam-me. É a maior humilhação da história da nossa seleção. Eles querem que joguemos contra a seleção de Aragão [comunidade autónoma espanhola], esse é o nível desses analfabetos e ladrões», acrescentou Nsue.

Além dessas acusações, os dois jogadores também explicaram que a equipa não tinha equipamentos disponíveis antes de enfrentar a Nigéria, de José Peseiro, no CAN, e garantiram que estes são pagos pelos jogadores. 

Emilio Nsue também adiantou que a federação adulterou algumas vacinas para permitir que os jogadores viajassem para a Costa do Marfim, já que a vacina contra a febre amarela que é obrigatória para viajar para o território.