Chainho e o Estrela da Amadora-FC Porto: «Não se ama duas mulheres, mas pode amar-se dois clubes»

Antigo médio de tricolores e dragões abre o coração a A BOLA e sublinha que carinho pelos dois clubes é eterno; destacou-se na Reboleira, brilhou nas Antas (sim, Chainho é desse tempo...)

Na antevéspera do duelo entre Estrela da Amadora e FC Porto, referente à 5.ª jornada da Liga, A BOLA esteve à conversa com Carlos Chainho, antigo médio que se destacou na Reboleira e que brilhou nas Antas. Sim, caro leitor, Chainho ainda é do tempo do antigo Estádio das Antas...

Em ambos os clubes ultrapassou a centena de jogos: 113 pelo Estrela da Amadora (5 golos) e 109 pelo FC Porto (6 golos). Falar de Carlos Chainho é falar de um jogador que deixava, literalmente, tudo em campo. Um poço de força. Um pulmão inesgotável. Chainho era daqueles atletas que qualquer treinador gostava de ter. O meio-campo era, preferencialmente, a sua área de jurisdição, mas a sua polivalência e a capacidade de ler o jogo permitiam-lhe pisar outras zonas do terreno sempre que tal era necessário. E foi também por isso que o percurso altamente meritório de Chainho (um Campeonato, duas Taças de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira) contemplou, depois, passagens pelo estrangeiro, onde vestiu as camisolas de Saragoça (Espanha), Panathinaikos (Grécia) e Alki Larnaca (Chipre). Pelo meio, jogou ainda no Marítimo. E tudo isto sem esquecer, claro está, o início: Casa Pia.

Agora, convidado a perspetivar a receção do Estrela da Amadora ao FC Porto, Carlos Chainho não podia ser mais claro: «Não se ama duas mulheres, mas pode amar-se dois clubes.» A frase não deixa margem para qualquer dúvida: o coração vai estar dividido. «É um jogo muito especial. Nem me tentem perguntar por que clube vou torcer [risos]. É impossível responder. Tenho um carinho, uma paixão e um amor tremendos pelo dois clubes. Qualquer que seja o resultado vou ficar feliz. Não consigo ser mais expressivo que isto. Assim como também tenho pelo Casa Pia», acrescentou.