Casa Pia pode ser vencedor da jornada, mas…«só controlamos o nosso jogo»
Gansos procuram vencer confronto direto com o Vizela e ganhar em vários campos, aproveitando o facto de vários dos seus rivais não conseguirem pontuar na 27.ª jornada da Liga; Gonçalo Santos elogiou o adversário e as melhorias que este realizou
Habituado a competir no Domingo de Páscoa – há sensivelmente um ano, recebeu o Sporting precisamente nessa data - o Casa Pia volta a jogar nessa época festiva e, atualmente na 11.ª posição, com 27 pontos, desloca-se ao reduto do Vizela, atual penúltimo classificado e a seis pontos de distância o que, na antevisão ao desafio, Gonçalo Santos considera uma oportunidade para deixar este opositor «mais desconfortável» e em posição de difícil recuperação.
Gonçalo Santos – e o Casa Pia, que orienta – poderão vir a ser os grandes vencedores desta ronda, já que os gansos poderão ganhar pontos a vários dos seus rivais diretos: na véspera, Desportivo de Chaves e Estrela da Amadora foram derrotados por Benfica e Sporting respetivamente, o Estoril enfrenta tarefa difícil este sábado na receção ao FC Porto, o Portimonense recebe o SC Braga na segunda-feira e o próprio Casa Pia pode deixar o Vizela bem mais longe do seu alcance.
O técnico prefere, ainda assim, que a equipa se concentre em si própria. «Tentamos não olhar muito para os outros, olhamos mais para nós, para dentro, e para aquilo que controlamos. Controlamos o nosso jogo de amanhã e o nosso resultado, apesar de não haver certezas no futebol, nem no resultado nem em nada. É uma realidade que o Chaves e o Estrela da Amadora ontem perderam, e mesmo que não olhemos para esses resultados, eles já aconteceram», observou.
Para poder aspirar a ser um dos grandes beneficiados da jornada, o Casa Pia terá de vencer a sua partida e suplantar um adversário cuja qualidade foi constatada pelo treinador de 37 anos. «O Vizela é uma equipa que gosta de ter posse, com treinador espanhol. A escola espanhola é de treinadores de muita posse e este treinador vai alterando muito durante o jogo: numa primeira fase, tentam sair a jogar mas também procuram muitas vezes a profundidade», analisou, com minúcia.
O responsável técnico dos lisboetas abordou os pontos fortes do Vizela, a nível estratégico e também individual. «Muitos dos golos deles têm feito muito uso do ataque à profundidade, o Essende é muito forte nesse momento», assinalou Gonçalo Santos, que se prepara para um embate distinto daquele com que se deparou na primeira volta, na qual os gansos não evitaram uma derrota caseira, em Rio Maior (1-0) perante os minhotos.
«Trocaram os treinadores, apesar de eu ter estado nesse jogo como adjunto (ndr: o técnico dos gansos era, na altura, Filipe Martins). O Vizela trocou de treinador (ndr: nesse momento o seu técnico era Pablo Villar, que seria substituído pelo compatriota Ruben de la Barrera), de ideias, e reforçou-se muito bem em janeiro, acrescentou muita qualidade à equipa e contratou até o Essende, que estava emprestado e passou a permanecer a título definitivo», comparou Gonçalo Santos.
Apesar de a equipa não atravessar o melhor momento desportivo – não vence há quatro jogos – o treinador mostrou-se agradado com os sinais deixados na última receção ao Benfica. «Apesar de termos perdido, demos uma boa resposta, fizemos uma ótima primeira parte e as melhores oportunidades de golo são nossas. Contra as equipas grandes há sempre esse problema: se não fazemos golo, eles em meia oportunidade conseguem fazê-lo», assumiu ainda, sem rodeios.