Carlos Carvalhal: «Um pontinho já nos ajudava bastante»
Treinador dos guerreiros fez a antevisão ao encontro da 5.ª jornada da fase regular da Liga Europa, no qual recebe os alemães do Hoffenheim, esta quinta-feira, às 20 horas; técnico pretende uma equipa concentrada e a 100 por cento, mesmo não considerando o jogo como decisivo
Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, salientou a importância da sua equipa se apresentar com elevados níveis de concentração, frente a um adversário que considera complicado e com muita intensidade. Ainda alertou para as mudanças efetuadas pelo novo treinador, esclarecendo que esta partida vai ser diferente daquela que os alemães tiveram com o FC Porto. O técnico está consciente de que a equipa necessita de pontos, mas retira a pressão de se tratar de um jogo decisivo, pois ainda restam, para além deste, mais duas jornadas.
Qual a importância deste jogo, pois a equipa está a necessitar de pontos?
- Todos os jogos são importantes e os pontos também, pois numa competição com estas características são fundamentais. Um pontinho já ajudava bastante. Um adversário complicado e que não tem nada a ver com o jogo com o FC Porto. Mudou de treinador e de sistema. Ganhou 4-3 frente ao Leipzig, são uma equipa difícil com jogadores internacionais. A nossa equipa está a evoluir e é um bom teste. Principalmente depois dos 60 minutos muito bons que fizemos com o Sporting e do jogo adulto com o Leixões para vermos em que ponto estamos.
Uma partida de margem reduzida que carácter lhe atribui?
- Se não tivermos um bom resultado amanhã e depois ganharmos dois jogos seguidos, não faz assim tanta diferença. É tudo muito relativo. Se falássemos de outras partidas, como já tivemos, com o Servette, o Rapid Viena, o V. Guimarães na Taça da Liga e as eliminatórias da Taça de Portugal. Aí, sim eram decisivas. É uma partida importante, sem dúvida, mas não é decisiva, pois amanhã não fica nada decidido.
De que forma o apoio do público pode fazer a diferença neste encontro?
- As bolas de neve que se fazem nas equipas têm muito a ver com as expectativas e por vezes quando estão altas, é necessário perceber como a equipa pode responder a essas mesmas expectativas. Já se sentiu isso no Leixões, em que os adeptos percebem que a nossa equipa é jovem e vão puxando para que possamos vencer. No passado, não foi tanto assim. Amanhã vai ser necessário muito apoio de fora, pois temos de ser uma equipa madura e concentrada.
A primeira vitória do SC Braga frente a uma equipa alemã foi, precisamente, contra o Hoffenheim. De que forma a solidez e consistências nestas provas europeias pode ajudar o SC Braga?
- A responsabilidade do SC Braga é sempre a mesma, independentemente se neste ciclo a equipa está madura ou em renovação, em que os frutos se colhem dois ou três anos depois. Temos de gerir expectativas. Por exemplo, no FC Porto está a acontecer isso, pois as expectativas não alinham com os resultados e depois sobra sempre para o treinador, o que é normal. Os jogadores estão a crescer e o valor do SC Braga é o de ganhar. A equipa está a aproximar-se desse momento e é isso que se pretende, também para corresponder às tais expectativas.
A pausa serviu para trabalhar de forma mais sossegada. De que forma conseguiu também preparar este jogo?
- O foco naquelas duas semanas foi o jogo com o Leixões. Vencemos pois tornamos o jogo relativamente fácil, devido à forma como nos preparamos. Este jogo não vem em sequência de aperto, pois conseguimos prepará-lo e esperamos que a equipa corresponda, frente a um adversário muito complicado. A nossa equipa tem de estar a 100 por cento e não a 99, disso tenho a certeza, temos de estar a 100 por cento para podermos vencer.
Falou que a exigência é sempre ganhar e como é que isso pode influenciar esta partida, na qual precisa de pontos e se tirou ilações do jogo do Hoffenheim com o FC Porto?
- Ganhar é ganhar sempre, mas não fica nada decidido, estão pontos em disputa e é importante. Amanhã não há determinação. Mas, só temos quatro pontos e queremos somar mais e, por isso, amanhã queremos ganhar. Esta equipa não tem muito a ver com a que defrontou o FC Porto, pois já mudou o sistema para uma linha de quatro na defesa. Este treinador é austríaco e já tinha trabalhado com certos jogadores que colocou agora no onze. Está mais ofensiva, o que não o era até agora. Percebemos as dificuldades, preparamos os antídotos e também vamos correr os nossos riscos, esperando que no nosso melhor nível podemos vencer o jogo.
O Hoffenheim apresenta um saldo negativo de golos, como analisa estes números?
- Não é bem uma debilidade defensiva. Reportando ao último jogo, com o Leipzig, é uma equipa de tração à frente, de pressionar alto e sufocar os adversários, assim sendo, por vezes expõem-se na defesa e daí haver muitos golos marcados e também sofridos.
Em que estado se encontra o Robson Bambu?
- Veio para treino na semana de paragem, fez o jogo treino co o mAcadémico de Viseu. Estava cansado, recuperou, começou a semana a treinar e ficou novamente cansado, pois está em pré-época, devido às lesões. Está a evoluir, se for chamado a fazer 90 minutos faz, mas há que ter cuidados com o que se pode passar a seguir, pois tem de estar novamente pronto em três dias.