Bozeník: «É a minha vez de ajudar o Boavista»
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Bozeník: «É a minha vez de ajudar o Boavista»

NACIONAL04.06.202408:40

Avançado dos axadrezados diz que «há clubes interessados» nos seus serviços, mas não revela quais

Robert Bozenik está ao serviço da seleção da Eslováquia, quando o início do Euro 2024 se aproxima a passos largos. Em entrevista ao jornal Denník Šport, do seu país, o ponta de lança do Boavista abordou, entre outros assuntos, a possível saída do Bessa no defeso deste verão.

«O Boavista ajudou-me muito, deu-me espaço para crescer e muita confiança. Sem isso, não teria evoluído nem marcado golos. Sei que é a minha vez de ajudar o Boavista, através de uma transferência que pode proporcionar um bom encaixe financeiro para o clube», sublinha o avançado, de 24 anos.

A decisão acerca do futuro, porém, encontra-se em stand by, pelo menos até ao término do Euro. O foco, assegura, está exclusivamente em ajudar a equipa orientada por Francesco Calzona a realizar um bom torneio: «Neste momento, estou totalmente concentrado na seleção nacional. O meu agente sabe disso e todas as pessoas importantes para mim também. Se houver algo urgente que precise de ser tratado, eu trato, mas neste momento o assunto número um para mim é a seleção nacional. Preciso de estar totalmente concentrado para poder absorver todas as informações importantes dos meus treinadores e companheiros de equipa. O que tiver de acontecer, acontecerá.»

«Pode não ter dado certo no inverno para que algo ainda melhor aconteça no verão. Veremos... Estou calmo e positivo, fiz uma grande época», acrescenta, em alusão à transferência falhada para o Sevilha no último defeso.

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Bozeník revela saber do interesse de alguns clubes nos seus serviços, mas não deixa pistas sobre potenciais pretendentes: «Sei que há clubes interessados, mas não vou revelar quais. Estou contratualmente ligado ao Boavista. Portanto, é necessário compreender os interesses do meu clube, que também pode imaginar, nas negociações, que o meu preço poderá teoricamente subir durante o Euro.»

O jogador dos axadrezados recorda ainda o «inacreditável» jogo com o Vizela, relativo à derradeira jornada da Liga, que selou a manutenção do Boavista no principal escalão: «Inacreditável... Foi incrível! Entrar num jogo sabendo que só se precisa de um ponto é muito traiçoeiro. O Vizela já estava despromovido e os seus jogadores não estavam sob pressão. Sentimos que o nosso adversário estava motivado. Foi um jogo difícil do ponto de vista mental. Quando, aos 53 minutos, empatámos, fiquei muito contente. Tomámos conta do jogo, fomos ativos, tivemos muitas oportunidades, mas, num raro contra-ataque, sofremos aos 61 minutos. Os vinte minutos seguintes foram complicados e, em determinados momentos, deixei de acreditar que ainda podíamos empatar. Ficou provado que o Deus do futebol pode ser justo. O penálti surgiu no último minuto.»

Miguel Reisinho, herói dessa partida e autor do golo que fez explodir o Bessa, não estava sequer na lista de batedores de grandes penalidades: «Miguel Reisinho pegou na bola, apesar de não estar na lista de batedores. Felizmente, marcou. Ele passou por um período mentalmente difícil, pois quase não jogou nos últimos dois anos devido a lesões. No entanto, assumiu a responsabilidade e mereceu aquele momento. Não lhe disse nada, apenas fiz figas e posicionei-me de forma a ter a oportunidade de chegar primeiro à bola, caso o guarda-redes defendesse para a frente. Felizmente, correu tudo bem.»