André Villas-Boas quer acabar com privilégios das claques
André Villas-Boas falou da relação que pretende ter com as claques do FC Porto (foto: IMAGO)
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André Villas-Boas quer acabar com privilégios das claques

NACIONAL16.03.202416:57

«Em criança ia para o meio dos Super Dragões», revelou aos sócios na Casa do FC Porto de Fiães

André Villas-Boas mantém a intenção de rever os protocolos que vigoram com as claques Super Dragões e Coletivo e promete acabar com os privilégios existentes ao nível de bilhética. «O movimento das claques apela a muita gente. Aqui fujo ao sentido violento e aos episódios que acontecem. Enquanto criança, quando ia para a superior sul, para o meio dos Super Dragões, quando havia golo descia pelas escadas até ao arame farpado. Há quem esteja ligado a grupos organizados, porque gosta de viver aquela forma de estar no jogo. O que diverge entre associados e alguns deles não associados são os privilégios que têm, acima de privilégios de outros adeptos e, acima de tudo, dos associados do clube. Isso é o que nos revolta e o que revoltou na Assembleia Geral. Foi um sentido de impunidade para que membros da claque se tnham achado a voz do clube e tenham cometido aquelas atrocidades. O caminho é o caminho da regularização, da equidade e da igualdade de direitos. Ninguém pode ter acesso a determinados direitos se não os deve ter. Agora, o espírito que têm, a forma como animam as bancadas, o amor que têm pelo FC Porto, é igual ao nosso. Isso será respeito. Os privilégios é que devem ser retirados», destacou.

O candidato à presidência abordou também a questão relacionada com o ataque à sua casa e ao zelador agredido. «Isso é um processo aberto sob investigação e com pessoas detidas preventivamente. Não me cabe a mim saber se foram estes ou aqueles, cabe ao Ministério Público. Eu e o meu advogado não iremos prestar declarações, porque é um processo em curso. O que refiro quanto às claques é a reforma dos protocolos. Vamos sentar com o Coletivo e os Super Dragões para saber o que pretendem e saber se há base de entendimento. Ainda não o fiz, porque acho que devo fazê-lo como presidente e não como candidato. Terei de perceber, sendo que me parece claro que no caso dos Super Dragões caminhamos no sentido da reguralização e no sentido do retirar de privilégios, sobretudo em relação à bilhética. Tem de ser uma conversa sentada com as pessoas e saber a preocupação», vincou.