Amorim: «Eles sabem que não os massacro por um jogo menos conseguido»
Miguel Nunes/ASF

Amorim: «Eles sabem que não os massacro por um jogo menos conseguido»

NACIONAL22.10.202300:36

Treinador do Sporting admite erros da equipa frente ao Olivais e Moscavide

Rúben Amorim, treinador do Sporting, analisa a vitória frente ao Olivais e Moscavide, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal:

Perante uma equipa de divisão muito inferior, o jogo não foi fácil para o Sporting. Como justifica isso? 

— Olhamos para este jogo e dizemos: ‘Se tiveram tantas dificuldades com uma equipa da distrital, o que será no campeonato...’ Mas não caracterizo os jogadores por um jogo. Estivemos desconcentrados, sofremos e isso complicou tudo. As minhas reações são iguais quando ganhamos, o treinador quer sempre tudo perfeitinho. Fico chateado, mas eles sabem que não faço grandes resumos nem os massacro por um jogo menos conseguido. O resultado devia ser maior, falhámos onde não costumamos falhar mas, se metêssemos estes jogadores no campeonato, dariam conta do recado.

— Por que colocou Pedro Gonçalves à esquerda e não Trincão

— O Pote não esteve bem nas decisões com bola e sentiu isso no jogo. Irá passar lá mais vezes. O Olivais não costuma jogar com uma linha de cinco e ele teve de acompanhar o lateral, esperava uma linha de quatro defesas. É um jogador com capacidade de ir para fora e para dentro e de servir os colegas e decidir, teve um dia mau, mas vai passar mais vezes por aquela posição e era isso que queríamos ver. Não correu bem, mas a culpa não é só dele, tambén é do treinador, porque ele até a central é capaz de jogar. 

— Catamo foi decisivo e adeptos pediram presença no Jamor. 

— Somos um clube grande que quer vencer todas as provas. Este grupo ainda não venceu a Taça e quer fazê-lo. Entrámos desligados e sofremos um golo. Ficámos ansiosos e não fizemos aquilo que temos de fazer. Os jogadores correram, mas às vezes a cabeça deve estar na cobertura e nas segundas linhas. Essa mentalidade tem de estar na Champions e na Taça de Portugal e às vezes é o mais difícil. O Geny preparou-se para o jogo e agora dependerá da semana de trabalho dele e das características da outra equipa. 

— Fresneda continua com dificuldades de adaptação? 

— Saiu por questões meramente táticas, apareceu muitas vezes para cruzar e decidir, precisávamos de um jogador mais decisivo no um para um, ele passou mais tempo a atacar do que a defender. Tentámos na segunda parte mudar as características dos jogadores, face ao resultado. Não temos que ficar desiludidos, tem 19 anos, veio de Valladolid e lembra o Porro, mas não podemos comparar, temos que dar tempo ao tempo.