'Alergia' ao golo: de quantos remates em dois jogos precisou o Sporting  para marcar?

Sporting 'Alergia' ao golo: de quantos remates em dois jogos precisou o Sporting para marcar?

NACIONAL18.04.202314:41

Crise do golo. Aliado a (mais) um dos ciclos negativos do leão esta época. E se todas as alturas são más, essa alergia ganha contornos de maior preocupação quando estamos num período de decisões. E muitos foram os objetivos que o Sporting já deixou para trás. Grande parte deles, como Rúben Amorim admitiu, deveu-se a um problema de «finalização». Os números, esses, confirmam a pouca inspiração. Basta um olhar mais atento aos jogos que o leão já realizou este mês, alguns dos quais determinantes para manter vivo os objetivos que restam de época de alguns altos e muitos... baixos.


Não é preciso recuar muito. Os números dos dois últimos jogos - Juventus em Turim e Arouca em Alvalade - são significativos e traduzem de forma clara o (fraco) momento ofensivo. O Sporting só nestas duas partidas rematou, imagine-se, em 41 ocasiões.

Um número expressivo que rendeu apenas um golo! Na grande penalidade de Pedro Gonçalves que valeu o empate sobre os arouquenses. Na segunda tentativa, pois, recorde-se, o avançado desperdiçou um outro castigo máximo nesse mesmo jogo. Cenário idêntico em Turim, no qual os leões, apesar de uma exibição globalmente muito positiva, de enorme personalidade, que ficou marcada pela falta de eficácia. Rematou bem mais que os italianos (15 contra 9) mas, contas feitas, quem marcou e deu um passo em frente na eliminatória acabaria por ser o conjunto transalpino com o golo de Gatti.


Uma história que se vem repetindo ao longo da época, com muitos deslizes, mas que teve consequências negativas durante este mês. Até porque, ao recente empate com o Arouca teremos de juntar o empate a zero com o Gil Vicente e que afastou (ainda mais) o Sporting da luta por um dos lugares de acesso à Liga dos Campeões. Números este mês? Nos últimos cinco jogos, foram precisos 88 (!) remates para fazer 7 golos, sendo que estes aconteceram em dois jogos: no triunfo sobre o lanterna vermelha Santa Clara (3-0) e na eletrizante vitória com o Casa Pia (4-3).


Sem margem de erro
O problema está identificado mas a ordem é para reagir. No imediato. Esta quinta-feira haverá novo teste de fogo ao leão, diante da Juventus, e a margem de erro é nula. Para inverter o 1-0 do jogo de Turim é obrigatório marcar. E não sofrer… Rúben Amorim, de resto, ao longo de uma época que já foi apelidada pelo próprio de alguma bipolaridade exibicional, já admitiu muitas vezes o problema: o Sporting marca pouco para a vocação ofensiva que tem.