A missão cumprida, a união, a consistência e a exibição de Schjelderup: tudo o que disse Bruno Lage

NACIONAL19.10.202423:45

Treinador encarnado elogiou a forma como a sua equipa encarou o jogo e o norueguês

— Como viu esta partida?

 — Missão cumprida, fomos sérios e há satisfação por aquilo que nós fizemos ao longo dos 90 minutos. Tivemos uma boa entrada, nos primeiros 15, 20 minutos criámos duas ou três oportunidades em que podíamos fazer mais um golo. E voltámos a entrar muito bem na segunda parte. Os jogadores que foram entrando voltaram uma vez mais para ajudar a equipa a manter o ritmo até o final. E ainda tivemos a oportunidade de estrear mais um ninho da nossa academia, o Gerson. Por isso, quando olho para aquilo que nós fizemos durante os 90 minutos e aquilo que foi a preparação do jogo, fico satisfeito porque a equipa foi muito séria na abordagem ao jogo.

E o Pevidém? — Um adversário que nós sabíamos, pois tínhamos analisado um jogo de campeonato, e outro com o Marítimo, muito sério, muito competente a defender. Mas a nossa equipa teve essa capacidade de o tentar encostar o na área e encontrarmos sempre uma outra transição. Mas valoriza muito a nossa vitória neste momento de prestação pelo nosso adversário.

— O Pevidém estava muito bem organizado. A chave esteve na exploração das alas?

— Sim, em função do sistema do adversário, nós também jogámos ligeiramente diferente com o posicionamento. E aquilo que mais pretendíamos era o exemplo daquilo que foi o primeiro golo, que é um dos alas cruzar para o outro ala finalizar. Trabalhámos muito esse tipo de movimentos e também os movimentos contra do ponta de lança. Fizemos isso durante a semana, porque sabíamos que os três centrais controlam muito bem o espaço aéreo, controlam muito bem a linha de cinco e sabem fechar bem os espaços. E nós tínhamos que ser muito sérios, fazer os movimentos, meter sempre o jogo num ritmo muito alto. Olha para o jogo com missão cumprida, porque sabíamos o que é que nos esperava, a dificuldade do jogo. A equipa foi séria, os jogadores foram sérios e estamos satisfeitos por isso.

— A equipa já apresenta, apesar de todas as alterações que fez, quer no onze, quer ao longo da partida, boa dinâmica e união?

— União, sim. Por eles, deram um passo muito significativo. Sinto-os mais unidos, mais comunicativos entre eles. Isso é importante e também, como já sabem, no mesmo momento em que cheguei, vários jogadores chegaram e foram integrados muito bem por todos, em particular pelos capitães da equipa. A dinâmica, é um processo. Acho que este foi o sexto jogo que nós fizemos, de olhar para trás e perceber também que é um longo período em que não competimos e preparámos este jogo com um jogo de treino na outra semana e com os jogadores que estavam disponíveis. É continuar, olhar para aqui e perceber as situações que fizemos muito bem, olhar para o jogo do Atlético de Madrid e perceber que há situações que fizemos muito bem. O que mais desejo é que a equipa repita mais vezes os momentos bons, quer a atacar, quer defender. Numa palavra, é consistência. E da minha parte, aquilo que eu quero que os jogadores percebam, é o exemplo que nós trabalhámos nesta semana, a maneira como a equipa técnica, toda a gente à volta, olhou para isto com a seriedade, porque eu acredito que é nos pequenos hábitos que nós fazemos o nosso caminho de consistência. E é para isso que eles têm de trabalhar. É a minha exigência, foi a exigência que eu transmiti hoje, sermos consistentes no trabalho, para que assim a equipa repita mais vezes aquilo que fazemos de bom.

— Gostou da entrada do Schjelderup que jogou mais descaído para a direita?

— Sim, teve uma entrada muito boa. Nós tentámos chegar com dois homens por ali. Primeiro na primeira parte, com o Rollheiser, e com o Amdouni, e depois com a entrada do Schjelderup. O Amdoinu fez um jogo muito bom na seleção. Começou na direita, depois terminou na esquerda. Nós vimos esse jogo. Ponderámos deixá-lo de fora, mas o facto de ainda não ter jogado uma parte, por exemplo, pelo Benfica, fez com que o trouxéssemos. E aquilo que tínhamos para ele era jogar 45 minutos, e depois entrar o Schjelderup. Esteve muito bem. Ao intervalo, também trocámos a posição do Florentino com a do Aursnes. E na esquerda surgiram muitas boas combinações, a três homens, o Aursnes, o Schjelderup e  Beste e ainda o Carreras a entrar. O mais importante é os jogadores não sentirem que isto são oportunidades únicas, são oportunidades de crescimento. Independentemente, das coisas correrem menos bem, o que não foi o caso, as oportunidades vão surgindo, desde que eles continuem nessa procura da consistência que pretendo diariamente.