Pevidém-Benfica, 0-2 A análise de Duarte Gomes à arbitragem
Trabalho com qualidade com boas decisões dentro das áreas
O Pevidém-Benfica foi arbitrado por David Silva da AF Porto. O jogo, referente à 3ª eliminatória da Taça de Portugal, não contou com a colaboração da videotecnologia. Como se sabe, esse recurso não é utilizado nesta fase da prova. David Silva é um jovem árbitro de apenas 31 anos de idade, a dar "os primeiros passos" no exigente universo do futebol profissional. Tem qualidade potencial.
Segue análise técnica aos lances mais relevantes de um encontro que começou com cinco minutos de atraso face à hora marcada, devido a problemas nas redes de uma das balizas:
3' Golo legal do Benfica, da autoria de Beste, após cruzamento da direita de Issa Kaboré. O lance culminou jogada legal do ataque encarnado.
7' Kaboré tentou entrar na área adversária conduzindo a bola junto à linha de baliza, mas caiu após marcação legal de Simão. Houve contacto mas sem falta. Apesar dos protestos, esteve bem o árbitro ao nada assinalar.
9' Arthur Cabral ainda esboçou pedido de penálti mas o juiz portuense leu bem o lance: a bola tocada pelo avançado brasileiro foi cortada pelo ombro direito (e não braço) de Simão. O jogador estava em posição defensiva, com braço encolhido e nada fez de irregular. Tudo certo.
37' Fora de jogo bem assinalado a Aursnes. Sem recurso ao videoárbitro, a indicação é de que os árbitros assistentes tomem a sua decisão no imediato, como faziam até então.
39' Florentino derrubou Pedrinho quando o adversário saía em velocidade, rumo ao último terço dos encarnados. A infração foi no limite para a advertência. David Silva optou por não exibir o cartão amarelo ao médio encarnado.
51' Álvaro Carreras derrubou Pedrinho quando o jogador da equipa visitada preparava-se para entrar em drible na área do Benfica. Decisão correta do árbitro ao assinalar pontapé livre direto para o Pevidém.
53' Lance subjetivo, de análise complexa: Arthur Cabral tentou passar entre dois opositores, acabando por cair na sequência de disputa mais direta com Leandro. Na nossa opinião, o atacante encarnado levou a perna esquerda para a zona de trajetória de corrida do adversário, tornando o contacto entre ambos inevitável. Nas várias repetições, foi possível confirmar também que Arthur Cabral tropeçou primeira na sua perna direita e depois no pé esquerdo de Leandro, que estava à frente. Para nós, a decisão da equipa de arbitragem foi correta.
54' Novo pedido de penálti sem fundamento: a bola desviada por Arthur Cabral tocou no peito/barriga (e não braço esquerdo) de Simão. Esteve bem o árbitro portuense ao deixar prosseguir o lance.
57' Kaboré levantou o braço direito, afastando Pedrinho da jogada de forma irregular. Pontapé livre bem assinalado junto à linha lateral.
65' Falta atacante bem assinalada a Arthur Cabral, que ao efetuar movimento de rotação, atingiu com o braço esquerdo o pescoço e depois rosto de Carlos Rocha. Não houve "golo anulado", porque o árbitro interrompeu o jogo antes de a bola entrar.
73' A camisola de jogo de Ericson Duarte (n.° 32) ficou rasgada, o que obrigou à sua troca. Por não haver outra com a mesma numeração, o jogador acabou por reentrar em campo com a de um colega que não participou no jogo (André Alves, n.°4). A equipa de arbitragem foi informada da situação de exceção, prevista e permitida pelas leis de jogo.
75' Beste marcou de forma legal o segundo dos encarnados, fixando o resultado final em Moreira de Cónegos.