Pevidém-Benfica, 0-2 Destaques do Benfica: com Beste e Aursnes não há festas nem festinhas
Alemão foi contratado como lateral mas vestiu a pele de avançado. Médio norueguês foi o líder da equipa e manteve sempre companheiros em alerta máximo. Centrais muito bem e Kaboré ofereceu um golo
Melhor em campo (nota 7): Beste
No primeiro minuto já estava a cruzar para Arthur Cabral tentar finalizar. Aos 3' surgiu na pequena área, com faro e frieza de matador, para desviar um centro rasteiro de Kaboré e inaugurar o marcador. Levou, como tal, o jogo muito a sério, não esteve para brincadeiras. Prático nas combinações com Carreras e na rapidez com que procurou os companheiros na área através de cruzamentos, também entrou várias vezes na área para criar superioridade e tentar combinações. Aos 75', tocou para Carreras, carregou no acelerador e foi receber a bola de Arthur Cabral na área — disparo seco levou a bola a entrar junto ao ângulo esquerdo, sem hipótese para Rui Ribeiro. Finalização de fazer inveja a muitos pontas de lança. Sempre rotativo na pressão, também aplicou o pé esquerdo na marcação de bolas paradas.
SAMUEL SOARES (6) — Fez apenas uma defesa, na segunda parte, quando agarrou um remate fraco de Atsushi, aos 67', o único do Pevidém no jogo. Está, curiosamente, no lance do primeiro golo, servindo Rollheiser, que depois deu continuidade ao lance. E, ainda na primeira parte, evitou um canto, num mau atraso de Kaboré.
KABORÉ (6) — Foi aplaudido pelos benfiquistas em Moreira de Cónegos, satisfeitos pela exibição. Primeiro jogo a titular com a responsabilidade de apagar má imagem que deixou com o Estrela Vermelha. E, aos 3', assistiu Beste para o primeiro golo, num cruzamento rasteiro. Beneficiou de ter apenas a preocupação de atacar, jogou quase sempre no meio-campo do Pevidém. Teve tempo e espaço para centrar, mais vezes bem do que mal. Bons passes a lançar Amdouni (39') e Aursnes (45') e alguns bons centros para a área. Mas também algumas más decisões. Perdeu gás na segunda parte e foi substituído aos 79'.
TOMÁS ARAÚJO (7) — Aos 90+4' recuperou uma bola no meio-campo do Pevidém, progrediu no terreno, fez um passe carregado de classe para Pavlidis e quase finalizou. Também quase marcou num cabeceamento aos 36', após canto de Beste. Seguríssimo a defender, foi o primeiro a construir na saída para o ataque.
ANTÓNIO SILVA (7) — Dividiu bem, com Tomás Araújo, a marcação a João Marna e Danilson e foi somando cortes, em antecipação ao adversário, vários no meio-campo do Pevidém, ou anulando linhas de passe. Cabeceamento perigoso aos 90+4', após canto de Beste.
CARRERAS (6) — Uma roleta sobre João Marna, a meio-campo, à qual deu seguimento ofensivo mostrou bem que está carregadinho de confiança. Pressionou a defender, combinou no ataque com Beste, Amdouni e Rollheiser, cruzou para a área e até ameaçou marcar, num remate aos 12'. Encontrou Arthur Cabral na área, no lance do segundo golo. Mas ainda permitiu um cruzamento para a área, viu um amarelo por falta sobre Pedrinho e uma vez foi batido por Ishizuka.
FLORENTINO (6) — Sem muito que fazer defensivamente, recuperou algumas bolas, que entregou quase sempre bem.
AURSNES (7) — Jogou ao lado de Florentino e foi o líder da equipa. Não permitiu que alguém fosse complacente, manteve toda a gente agitada em busca de golos. Não quis festa da Taça nem outras festinhas ou brincadeiras. Marcou o ritmo, deu velocidade e verticalidade ao jogo. Esteve no primeiro golo e aos 85' estava a pressionar, como no início, junto à área do Pevidém.
ROLLHEISER (5) — Foi extremo direito, passou o jogo a servir de apoio no centro e, por isso, a receber a bola de costas para a baliza. Mesmo assim participou no primeiro golo, recebendo de Samuel Soares e servindo logo Aursnes. Três remates sem sucesso — um à figura, dois por cima da barra.
AMDOUNI (4) — Jogou ao lado de Arthur Cabral, sem capacidade de dar continuidade aos lances de ataque. Um remate por cima da barra e algumas bolas perdidas. Uma oportunidade perdida.
ARTHUR CABRAL (5) — Duas vezes ganhou em força e velocidade aos centrais e duas vezes foi incapaz de rematar em frente ao guarda-redes. Aos 9' disparou com força e Rui Ribeiro só agarrou à segunda. Aos 65', marcou num remate à meia volta, mas o árbitro assinalou-lhe falta sobre o defesa. Trabalhou bem sobre Ericson e Beste marcou o segundo golo.
SCHJELDERUP (5) — Entrou ao intervalo para o lugar de Amdouni e também não aproveitou a oportunidade. Foi jogar ao lado de Arthur Cabral, rematou duas vezes, uma ao lado e outra à figura. Acabou como extremo esquerdo, mas com pouca influência positiva.
PAVLIDIS (5) — Com mais vontade que impacto positivo, ainda esteve em dois lances de perigo na área. Deu-se ao jogo e quis marcar, não teve oportunidades.
LEANDRO BARREIRO (5) — Refrescou o meio-campo e ajudou a pressionar.
GERSON SOUSA (6) — Estreia na equipa principal. Foi lateral-direito e deu nova vida ao flanco. Cruzou uma vez, combinou outra com Pavlidis e foi apanhado também em fora de jogo.
JOÃO REGO (-) — Entrou aos 89 minutos.