VAR é emoção
Festejar golos anulados como se fossem a favor; Mourinho e a química; trio pode não chegar
1. O VAR está a destruir a emoção do futebol, eis um dos argumentos dos detratores da videoarbitragem à medida que a maior inovação da história do futebol prova ser eficaz a corrigir erros grosseiros dos árbitros, alguns desculpáveis, sejamos justos, mesmo aqueles que depois de analisados na TV parecem não ter justificação. O caminho faz-se caminhando e o VAR ainda apresenta limitações, tanto no raio de ação que as regras definidas pelo International Board permitem, como na desconfiança em relação à própria tecnologia - anular golo por fora de jogo de um centímetro, como aconteceu no Gil Vicente-Vizela, não pode soar a estranho desde que se confie no equipamento que apurou essa distância. Se o VAR adultera a essência do desporto-rei, anos a fio manchado por lapsos evitáveis, alguns que se tornaram mitos como a mão de Maradona, é uma questão de gosto (ou falta dele...) pela verdade desportiva. Agora, quando a bola entra na baliza, nada está garantido, o carrossel de emoções enquanto se espera que o golo seja validado ou se deseja o contrário, consoante as preferências, é único. Que o digam os adeptos de Benfica e FC Porto, por exemplo, que já esta época vibraram com tentos anulados ao cair do pano - a Dínamo Kiev e Famalicão - como se fossem a favor.
2. José Mourinho a correr junto à linha lateral do Olímpico para festejar golo tardio da Roma que lhe garantiu memórias felizes no jogo 1000 da carreira. A forma física é a mesma de 2004 em Old Trafford, falta perceber se a química com os jogadores romanos continuará a ser no futuro, na cidade eterna, igual à desses tempos no FC Porto.
3. Messi, Mbappé e Neymar pela primeira vez juntos no onze do PSG só chegou para empatar com o Club Brugge. Na luta pela Champions, contra a máquina trituradora do Bayern que desfez o que sobra do Barcelona, entre outros adversários de peso como o Man. City, aos parisienses não bastará o trio.