Pontapé de Estugarda Ronaldo entre a razão e a emoção
Abre-se um fosso na forma como se olha para CR7: a paixão do adepto e a frieza analítica de quem procura a objetividade
Muitos jornalistas estrangeiros me têm feito a mesma pergunta: Ronaldo deve ser titular indiscutível por Portugal? O facto de a questão ser feita quer já dizer muita coisa. Por outro lado, quando os adeptos se referem à Seleção, o nome é intocável, o que me leva a crer que começa a criar-se um fosso entre a razão e a emoção, entre a frieza analítica e a paixão pelo ícone (mais até que o futebolista).
Ontem, mais uma vez, na chegada da equipa ao hotel, em cada 10 gritos nove eram dirigidos a Cristiano e um para Portugal, numa multidão composta na maioria por estrangeiros bem protegidos pelo batalhão de polícias. Tem sido sempre assim em todas as fases finais e os colegas parecem já nem ligar, mesmo que muitos desses futebolistas sejam hoje figuras de primeira linha do futebol mundial. Caberá a Roberto Martínez providenciar o devido equilíbrio em campo, distribuindo o protagonismo em nome de um bem maior.