‘Pirataria’ e contrafação

OPINIÃO17.05.202306:30

Desporto sofre com ameaças permanentes e cujo combate não se afigura fácil

Adimensão social do Desporto é inegável. Mas inegável é, também, a sua dimensão económica. Como todos os setores económicos, também o Desporto sofre com ameaças bem permanentes e cujo combate não se afigura fácil.

A distribuição de conteúdos desportivos pela internet feita de forma ilícita, é uma delas. Como sabemos, as transmissões televisivas são uma importante fonte de financiamento para clubes e ligas. A chamada pirataria coloca, pois, em causa esta fonte de financiamento.

Por exemplo, a Premier League tem, no seu site, um espaço dedicado a este tema, apelando aos adeptos que denunciem sites que transmitem jogos da Premier League ilegalmente ou fornecedores de dispositivos de streaming ilícitos, ressalvando que «proteger os direitos de autor da Premier League e o investimento feito pelos parceiros de transmissão é extremamente importante para o futuro do futebol inglês.

A capacidade que os clubes têm de desenvolver e adquirir jogadores talentosos, de construir e melhorar estádios e de apoiar comunidades e escolas baseia-se na capacidade de comercializar, vender e proteger os direitos comerciais».

Também a venda de merchandising (designadamente equipamentos desportivos) é outra forma de obter financiamento. Contudo, a oferta de bens contrafeitos a circular no mercado - em particular na internet -, a preços bem mais baixos que os artigos originais, desvia os consumidores da compra dos bens oficiais.

Quando falamos de pirataria e de contrafação, estamos a falar de atos ilícitos que atacam direitos de propriedade intelectual pertencentes a agentes do Desporto. Só depende de cada um de nós tomar as escolhas certas e travar estes mercados ilegais.