13 outubro 2024, 09:23
Amorim nas mãos de Guardiola
Espanhol está em final de contrato e o Manchester City quererá certamente renovar por ser um dos melhores da história. Resta saber se o conseguirá
Reação feroz à perda, ataques mais elaborados e papéis bem distribuídos e aceites, e no centro o melhor de sempre como catalisador de tudo. Vénia a Scaloni
Aos 37 anos, Messi assinou um hat trick e duas assistências na goleada da Argentina a uma Bolívia que parece em crise de abstinência sempre que não joga em altitude. Os adeptos e, sobretudo, jogadores e técnicos pouco se importaram com a dimensão do rival e recostaram-se, na realidade ou em sentido figurado, a apreciar o momento. Com tanto conquistado, a Pulga confessa que já só desfruta daqueles que serão os últimos momentos com a albiceleste e reconhece até «parvoíces de criança» no balneário.
O caminho foi longo e difícil até se tornar consensual. Houve momentos de burnout depois de vestir a exigente e pesada camisola da Argentina, que carregava um nome esmagador, também começado por M, e antes até surgiram dúvidas se deveria ser ele a usar a braçadeira, quando ainda era demasiado novo, sendo esta mais imposta pelo talento do que pela capacidade de liderança.
13 outubro 2024, 09:23
Espanhol está em final de contrato e o Manchester City quererá certamente renovar por ser um dos melhores da história. Resta saber se o conseguirá
Criado na austeridade de La Masia, que professa o coletivismo como religião e dilui o conceito de estrela, pelo menos enquanto rock stars, Messi viveu quase sempre na sombra antes de assumir o seu papel em campo, onde dividiu responsabilidade com Xavi e Iniesta. Se antes se sentiu oprimido por ter de ser sempre ele a decidir por um país eternamente à espera de um Messias, ainda mais de quem tem cinco das sete letras possíveis, a conquista do título mundial, que pareceu escrita nas estrelas e no qual apareceu mais como catalisador do que decisor, reservou-lhe lugar como o maior da história. Mesmo um eterno Maradoniano como eu deve reconhecê-lo.
11 outubro 2024, 09:00
A Neeskens chamavam ‘Johan Segon’ por referência a Cruijff, que acompanhou durante grande parte da carreira. Foi um dos maiores de sempre, um jogador inesquecível
Por mais paradoxal que possa parecer, obter o máximo de Messi passou por rodeá-lo de um coletivo, tal como acontecia na Catalunha, que não só o protege ainda mais das contribuições defensivas como distribui as responsabilidades no ataque. Tal não quer dizer que tenham deixado de procurá-lo, porém passaram a fazê-lo no momento e nos locais mais apropriados, onde o seu génio, também mais maturado e menos explosivo, é aproveitado na plenitude.Todos sabem o seu papel, incluindo o melhor jogador, cada vez mais aglutinador. Scaloni (quem diria?) fez o que antes ninguém conseguiu e, por vezes, esta Argentina de ataques mais elaborados e rotações posicionais estabelece pontes temporais com esse Barça glorioso.
10 outubro 2024, 08:45
Com o jornalismo pelo meio, a política não é diferente do futebol e vice-versa. São reflexos de uma sociedade que se foi degradando e perdendo respeito por uma das profissões mais nobres do mundo
Hoje, a reverência é total. Os colegas esperam por si junto ao relvado para que os lidere. A união é absoluta e a Argentina é uma equipa europeia, quase catalã.