Amorim nas mãos de Guardiola
Rúben Amorim, Frederico Varandas e Hugo Viana, homens fortes do futebol leonino (A BOLA)

Amorim nas mãos de Guardiola

OPINIÃO13.10.202409:23

Espanhol está em final de contrato e o Manchester City quererá certamente renovar por ser um dos melhores da história. Resta saber se o conseguirá

A ler a notícia da confirmação de Hugo Viana no Manchester City não consigo evitar questionar-me: será que o gigante inglês, de esqueleto árabe, músculo norte-americano e ligeiros traços asiáticos, habituado que está a querer sempre tudo, se vai contentar com apenas parte da fórmula de sucesso do Sporting?

Por muito que os Cityzens ainda não tenham desistido de renovar com Pep Guardiola e mantenham a esperança de que é possível que espanhol, caso continue, e português criem uma boa química e, sobretudo, se complementem em termos de sabedoria, a relação com Rúben Amorim é especial e não seria necessário começar do zero. Mais! A julgar por decisões anteriores, parece claro que dificilmente Hugo Viana teria acertado na mouche em muitos dos negócios que conduziu sem o técnico ao seu lado.

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A equação parece simples, mesmo num mundo tão complexo e cheio de variáveis como é o futebol. O catalão somará, em junho, nove anos cheios de títulos, mas desgastantes, em Inglaterra e, se não for renovado entretanto, um contrato expirado. Dificilmente chegará a esse ponto, para um lado ou para outro, porém pode acontecer. Caso se afaste, o reencontro entre Viana e Amorim no Etihad assume contornos de inevitabilidade. Se Pep continuar, Viana terá de conseguir quebrar o gelo e fazer o seu trabalho ao lado de um dos maiores da história. Apesar de uma relativa acalmia nos últimos meses, dinheiro não faltará para convencer os melhores a viajar para a capital do norte. Ou uma equipa competitiva, a participar nas melhores provas. Apenas a rede que tem tido não existirá. O quanto isso será ou não decisivo só saberemos depois.

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10 outubro 2024, 08:45

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Errar faz parte e surgirá sempre, umas vezes mais outras menos, no entanto naquela liderança tripartida, sobretudo no que diz respeito à política desportiva leonina, Hugo Viana nem tem sido o rosto mais identificável. Claro que o treinador dá a cara e o diretor desportivo permanece quase sempre na sombra e, por isso, a probabilidade de que o primeiro recolha mais louros existe, no entanto, repito que a ideia que persiste é que só se começou a acertar realmente quando Rúben Amorim chegou de Braga.

Quanto mais tempo se demorar a resolver Guardiola mais o futuro imediato estará em suspenso. Não se trata de duvidar da competência de quem fica ou chegue, mas não sendo certo que vençam sempre, Amorim e Viana formam dupla de sucesso. Tudo o resto é incerto.