O futebol tem um problema sério de adição
Estudo revela dados preocupantes sobre os excessos no consumo de cafeína
Há um problema «sério» de adição à cafeína no futebol. Não é de agora, mas, de acordo com estudo a Federação de Performance e Ciência no Futebol (ISSPF) divulgado pelo The Athletic, atingiu em anos recentes «proporções preocupantes».
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Em Inglaterra e desde que, em 2004, a Agência Mundial Antidoping retirou a cafeína da lista de substâncias proibidas, a administração regular da mesma nos futebolistas (seja na forma de café, seja em pastilha ou gel) é prática comum em 97 por cento dos clubes (sim, quase todos!), podendo depreender-se que o cenário se alargue a muitos outros países.
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Como exemplo, a reportagem dá o caso de Jamie Vardy, internacional inglês do Leicester, que se destacou na equipa campeã de Inglaterra em 2015/16, e que, então, admitia o consumo de três latas de Red Bull e dois cafés duplos nas manhãs dos dias de jogo.
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O Mónaco, outro exemplo, desde 2015 que adquire pastilhas de cafeína, prática que já era, portanto, comum quando por lá andaram Mbappé, Bernardo Silva e outros, numa rotina que rapidamente extravasou pela Ligue 1. Ao ponto de, logo após a final do Euro perdida por França e conquistada por Portugal em 2016, ter havido um jogador, segundo o The Athletic, que se dirigiu ao médico da seleção, atirando: «Com pastilhas de cafeína, teríamos vencido esta final!»
Indicam os estudos que estes suplementos têm efeitos positivos «na velocidade, resistência e potência». Efeitos que, porém, decaiem quanto mais se usa, o que leva ao aumento sistemático de doses, que desregulam brutalmente o sono e o descanso. Em suma, «há um problema grave de adição à vista», lê-se no tal estudo. Até quando?