O Comité Olímpico Russo
Decisão abrange os Jogos Olímpicos, os Jogos de Inverno e o Mundial no Catar
AO assistir aos Jogos Olímpicos, o leitor certamente já se apercebeu de uma sigla no canto superior esquerdo que não tem aparente correspondência com nenhum país ou nação: ROC. A sigla refere-se ao Comité Olímpico Russo e os atletas que competem sob essa designação são considerados atletas neutros. E porquê? O Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne (CAS) excluiu a Rússia, por dois anos, de todas as competições olímpicas ou mundiais, por decisão de final de 2020.
Na sequência do escândalo de dopagem que abalou aquele país, o CAS decidiu que a Rússia não cumpriu com o Código Antidopagem, tendo sido acusada de impedir a investigação a 145 desportistas russos que eram suspeitos de terem violado as regras antidopagem entre 2012 e 2015.
Foi decidido, também, que os atletas que provassem não ter estado relacionados com tal situação poderiam participar nos Jogos Olímpicos e nos Paralímpicos, tendo, porém, de competir enquanto independentes e sem qualquer ligação a símbolos do seu país, incluindo o hino, a bandeira e o nome. Daí vermos que aparece sempre a sigla ROC e não a designação completa, onde apareceria a menção ao país. Mas os equipamentos podem ter as cores da bandeira russa e podem ostentar o nome Rússia desde que, em igual preponderância, apareça a menção a atleta neutro.
A decisão do CAS abrangerá não só os Jogos Olímpicos de Tóquio que estão a decorrer, mas ainda os Jogos de Inverno de Pequim (em Fevereiro de 2022) e ainda o Mundial de Futebol do catar em 2022. Durante este período, a Rússia também não poderá realizar ou organizar quaisquer campeonatos do mundo no seu território.