Costa e Ramos
Dragões no tiro ao alvo — acertar e falhar; Mourinho em Tábua; quem viu, viu...
1. Na newsletter Dragões Diário de quarta-feira, o FC Porto disparou em várias direções e o primeiro tiro acertou em cheio no alvo. À luz do mais básico bom senso custa perceber, de facto, por que razão o clássico de amanhã, em Alvalade, não foi adiado para domingo, tal o número de jogadores que se sabia poderem estar em ação menos de 72 horas antes no continente americano. Tanto mais que o Sporting e os azuis e brancos só se estreiam na Champions na quarta-feira — em Espanha, por exemplo, foram adiadas duas partidas em circunstâncias semelhantes. Já quando apontou a Fernando Santos, engenheiro do penta agora tratado como mero trabalhador sem especial qualificação, aí o FC Porto viu o tiro sair-lhe pela culatra. Criticar o selecionador por não ter lançado Diogo Costa num dos três jogos disputados nesta janela internacional faz tanto sentido como visar Sérgio Conceição com a justificação de que não utilizou Cláudio Ramos nem sequer um minuto nos 53 encontros da época passada. Curioso para saber o que pensará o técnico portista destas críticas às opções do homólogo da equipa das quinas...
2. José Mourinho disputa, depois de amanhã, o jogo mil da carreira, trajeto que lhe rendeu 25 troféus. No verão de 2001, na pré-época do UD Leiria que acompanhei em Tábua, o treinador sadino já era especial ainda sem ser o special one. Difícil esquecer aquele jogo típico do final dos estágios entre jornalistas e elementos ligados aos leirienses. Com a equipa de Mou a ganhar pela margem mínima e muito pressionada, o dono da bola terminou o desafio uns minutos antes da hora. «Está a ficar de noite», dizia. Se era assim a brincar, nunca me espantei que, a doer, fosse como tem sido ao longo destes 20 anos.
3. Quando pensamos que já vimos tudo, até um porco a andar de bicicleta, como imortalizou o malogrado árbitro Vítor Correia, eis que surge o Brasil-Argentina do último domingo. De jogo de futebol a tragicomédia.