Espaço Universidade Mais desporto na Escola (artigo Vítor Rosa, 209)
A crise sanitária tocou, sobretudo, os mais frágeis. Como a sedentarização ganha terreno, o desenvolvimento do desporto na Escola é uma mais-valia para a saúde e para a igualdade de sucesso dos alunos. A prática do desporto é uma necessidade. A atividade física e desportiva contribui para a educação das crianças e jovens. Ela permite: integrar as regras comuns, ter autoconfiança e conhecer melhor o corpo. Neste sentido, integrar os exercícios físicos no modo de vida, desde tenra idade, é essencial.
Em França, o Ministério encarregado pelos Desportos, tem duas prioridades para os mais jovens: aprender a nadar e saber andar de bicicleta de forma autónoma. Acredita-se que a Escola deve permitir que cada criança da República seja capaz de adquirir estas competências. É uma questão de saúde pública e de segurança. Portugal, poderia abraçar as mesmas causas. Na incapacidade das Escolas promoverem isso, deveria haver, pelo menos, uma maior articulação com os clubes locais. Por outro lado, as Escolas deveriam propor, na base do voluntariado, 30 minutos de atividades físicas por dia aos alunos. Obviamente, deveriam ser ajustadas aos contextos escolares.
A relação de uma criança com a atividade física é determinada entre os 6 e os 11 anos de idade. No entanto, mais de 90% das raparigas e mais de 80% dos rapazes, neste grupo etário, não são suficientemente ativos. Para a grande maioria das crianças, o desporto na escola é a principal fonte de atividade física. Fazer com que a geração mais jovem se mova, significa enfrentar este problema pela raiz, e dar o gosto pelo movimento físico, para além das horas de educação física e desporto já obrigatórias para todos os alunos.
Vítor Rosa
Sociólogo, Pós-Doutorado em Sociologia e em Ciências do Desporto, Doutor em Educação Física e Desporto, Ramo Didática.