Selecionador Paulo Freitas após derrota com Itália no Mundial: «Estou muito zangado com os jogadores»
O selecionador nacional, Paulo Freitas (FPP)

Selecionador Paulo Freitas após derrota com Itália no Mundial: «Estou muito zangado com os jogadores»

Técnico «assume responsabilidade e desilusão pelo quarto lugar final, mas está de «consciência tranquila pelo trabalho» e diz que «há que refletir, todos, selecionador e atletas e também o ‘staff»

A seleção portuguesa de hóquei em patins falhou o pódio do Campeonato do Mundo pela primeira vez desde 2007, após derrota frente à anfitriã Itália, por 3-2, no jogo de atribuição dos terceiro e quarto postos, disputado em Novara.

Afastada da final ao perder na véspera com a Espanha no desempate por penáltis (1-2, após 5-5 no final do prolongamento), Portugal sai da competição sem medalha, o que não sucedia desde 2007, em Mundial na Suíça, em que foi sexto classificado na pior classificação de sempre da turma das quinas.

No final da partida, Paulo Freitas, selecionador de Portugal, assumia-se mais do que insatisfeito. «Se ontem [sábado, após a derrota na meia-final com Espanha] tinha um sentimento de grande frustração, hoje [ontem] estou mesmo zangado! Estou mesmo zangado e tive oportunidade de lhes dizer isso [aos jogadores], porque tenho de ser muito frontal e muito claro», afirmou.

«Não vou agarrar-me ao facto de ser um jogo difícil de disputar – isso é inquestionável, é um jogo difícil de disputar -, e também não vou agarrar-me ao facto de ter sido um jogo carregado de muita emoção no balneário, que eu reconheço que também criei, ao proporcionar este momento de ele [Ângelo Girão, na despedida da seleção] entrar de início e sair para entrar o Xano [Edo]. Zangado porque acho que ao longo dos 50 minutos nós podíamos e devíamos ter feito mais. Claramente podíamos ter sido uma equipa melhor dentro de pista, podíamos ter feito muito mais e devíamos ter ganho este jogo», referiu o técnico.

«Estou muito desiludido com este quarto lugar, mas de consciência tranquila pelo trabalho desenvolvido. E agora há que refletir, refletirmos todos, os atletas e também o ‘staff’. Assumo a responsabilidade deste quarto lugar. Ponto», frisou Paulo Freitas.

A terminar, Paulo Freitas falou sobre o seu critério de seleção de jogadores para este Mundial. «Este era o grupo [de jogadores]. E a partir de agora há que observar, há que analisar, há que perceber comportamentos, [sempre valorizando] a meritocracia. Este espaço é um espaço que não está fechado a ninguém, enquanto eu aqui estiver, é preciso é reunir um conjunto de características que encaixem neste espaço de rendimento que nós queremos sustentar, implementar e levar adiante».