«Queremos estar nas finais da EHF»

«Queremos estar nas finais da EHF»

ANDEBOL15.09.202321:11

Martim Costa, um dos miúdos maravilha do Sporting, entrevistado pela EHF a dar conta da ambição dos leões na Liga Europeia que arranca na terça-feira

Mais do que esteios da equipa do Sporting, os irmãos Costa colocam o andebol português nas bocas do mundo. A dias da estreia dos leões na Liga Europeia – Benfica, campeão em 2022, e ABC são as outras formações a representar, após Águas Santas ter ficado pela qualificação -, Martim, o mais velho com 20 anos, foi escolhido pela Federação Europeia da modalidade (EHF) para lançar a competição na qual a turma de Alvalade compete pela quarta temporada consecutiva, tendo ficado a um golo dos quartos de final nas primeiras épocas nos duelos com o SC Magdeburgo, atual campeão europeu, e os polacos do Orlen Wisla Plock.

Na última temporada, uma vez mais o fado do golo abaixo, desta feita diante dos franceses do Montpellier, marcou o ritmo de despedida que impediu os homens de Ricardo Costa de chegar à final 4. Situação que o filho mais velho do treinador leonino quer reverter, a partir do momento em que entrar em campo no pavilhão João Rocha para defrontar os polacos do KGHM Chrobry Glogow.

«Aqui, na Liga Europeia, sinto que temos condições para chegar longe nesta competição. Queremos chegar às Finais da EHF, sabemos não ser fácil, mas temos muita qualidade para tais aspirações e vamos dar tudo até ao fim», salientou o lateral-esquerdo, sem esconder que o «grande objetivo» do emblema lisboeta é arrecadar o título nacional que lhe escapa desde 2017/18.

Com 102 golos assinados na última Liga Europeia – foi o segundo melhor marcador da prova em que o irmão Francisco marcou 95 -, Martim já entrou em 2023/2024 a brilhar intramuros com 15 golos marcados no dérbi lisboeta com o Benfica a contar para o Campeonato Placard Andebol 1. 

«O Sporting teve um grande impacto no meu desenvolvimento nos últimos três anos», ressalvou o internacional que também teve papel preponderante no desempenho das Seleções Nacionais, tanto na de sub-20 que se sagrou vice-campeã europeia, o ano passado, com Martim a integrar o sete ideal, como na sénior qualificada para a fase decisiva do Europeu de 2024.

Campeão nacional pelo FC Porto antes de rumar a Lisboa com o pai e o irmão, numa contratação contestada na época, mas que a família Costa, com o pai Ricardo como treinador e os filhos em campo, obrigou a silenciar, o andebolista de 20 anos reconhece o crescimento dos últimos três anos.

«Joguei muitos encontros nas competições europeias, defrontámos equipas muito fortes, sempre me senti bem-vindo», exultou o lateral-esquerdo que começou a tratar o andebol e as estrelas da modalidade por tu dado que começou a acompanhar o pai Ricardo, ponta que jogou no FC Porto, com passagens também pelo Boavista, Águas Santas e pelo andebol espanhol do CB Algeciras e Ademar Léon. 

«O meu pai sempre me treinou desde que era uma criança. Acompanhava-o nos pavilhões e sempre aprendi muito com ele», ressalvou Martim que também tem gene do andebol por parte da mãe, a também internacional Cândida Mota.

«Sou um jogador corajoso, não tenho problemas em provocar o contacto, considero-me um jogador muito forte no um contra um. Penso que sou um andebolista complete», descreveu Martim, preparado mentalmente para os duelos do grupo H com os húngaros do MOL Tatabanya KC, os romenos do CSM Constanta e os polacos KGHM Chrobry Glogow.

«São três equipas com muita qualidade, sem dúvida. O Tatabanya tem uma formação muito boa, reforçou-se e representam um adversário difícil. Olhando para todos, em geral, não esperamos jogos fáceis nesta competição. Temos de levar todos os embates com muita seriedade, mas não temos medo de jogar para ganhar. Lutamos a cada jogo», prometeu o lateral que completa 21 anos no próximo dia 27 de setembro.