Basquetebol Portugal preparado para a batalha e para demonstrar valor
A Seleção Nacional regressa nesta quarta-feira à Arena Gliwice, para o terceiro e último jogo do Grupo B da pré-qualificação olímpica, contra a anfitriã Polónia, determinada a vencer a «grande batalha» do acesso às meias-finais e a provar que «tem valor para estas competições», nas palavras do sportinguista Diogo Ventura.
No Grupo B, todas as seleções ainda têm a possibilidade de se apurar para as meias-finais do torneio, que são a próxima fase. Ainda invencível em dois jogos, a Polónia lidera-o com quatro pontos e parte como favorita ante Portugal, que soma três em igualdade com a Bósnia e Herzegovina, seguindo-se a Hungria, com dois pontos e ainda sem triunfos.
Os portugueses sabem que os polacos são considerados «favoritos, até por aturem em casa», conforme referiu o selecionador nacional, Mário Gomes, mas propõem-se contrariar esse estatuto. «Vou pedir o mesmo de sempre aos jogadores – para se concentrarem no que somos capazes de fazer e procurarem abstrair-se de fatores que não controlamos. Em todos os jogos temos um conjunto de quatro objetivos relativos aos diversos itens estatísticos do jogo. Normalmente cumprindo três desses objetivos estamos muito perto de ganhar jogos», defendeu o técnico.
O sportinguista Diogo Ventura (na imagem superior) garantiu a «motivação» do grupo para tentar «engrandecer o basquetebol português». E reforçou: «Treinámos e afinámos os últimos detalhes. Agora toca a descansar para estarmos preparados para grande batalha. Esta equipa gosta de jogar nestes palcos, nestes pavilhões e quanto mais gente, melhor. Há muita gente que acha que ainda não temos o valor para estas competições, mas temos. Provámo-lo nos últimos jogos».
Embora dependa do próprio desempenho para garantir as meias-finais do torneio pré-qualificativo, as contas de Portugal apresentadas pela federação incluem os restantes rivais. Se a Bósnia e Herzegovina ganhar à Hungria, Portugal tem de vencer a Polónia por dez ou mais pontos, garantindo imediatamente as meias-finais. Caso Hungria e Portugal triunfem, a equipa também se apura. Se a Hungria ganhar e Portugal perder, os jogadores de Mário Gomes ainda podem passar às meias-finais caso a vitória húngara se fixe entre os sete e os 14 pontos. Uma vantagem inferior a sete pontos coloca a Bósnia e Herzegovina na próxima fase. Uma vantagem superior a 14 pontos da Hungria garante-lhe a qualificação.
A Seleção Nacional começou por perder com a Bósnia e Herzegovina, por 75-84, e garantiu a primeira vitória contra a Hungria, por 86-74. Mário Gomes lamentou que fatores alheios aos jogadores impedissem Portugal de se afirmar desde logo. «É um facto que se os dois jogos anteriores tivessem sido decididos por quem deve decidi-los dentro de campo, que são os jogadores, neste momento estávamos apurados para a fase seguinte», frisou o selecionador nacional.