Emoção sem feriado no play-off
Arrancam as meias-finais do play-off do Nacional. Campeão Benfica recebe Oliveirense. Clássico na Dragão Arena entre FC Porto e Sporting. Treinadores anteveem duelos competitivos
O Benfica inicia hoje (15 horas), no seu pavilhão, frente a uma «descomplexada» Oliveirense, as meias-finais do play-off do campeonato, a etapa que se segue para campeões nacionais na defesa do título conquistado em 2022/23. É daquela forma que o treinador benfiquista Nuno Resende prevê que o adversário se apresente a este primeiro jogo, que perspetiva «duro», «muito fechado» como «todos» os que abrem estas eliminatórias e uma «ansiedade normal» pela fase avançada da competição.
«Vai ser uma partida dura. O primeiro jogo é sempre muito fechado. Por jogarmos em casa, queremos tirar proveito da vantagem. A Oliveirense, jogando fora o primeiro jogo, virá muito mais descomplexada, tentando fazer a surpresa e ir para a frente da eliminatória. Apesar de as equipas já se conhecerem e terem jogado bastante entre si, há sempre a ansiedade normal de estar na meia-final», anteviu o técnico das águias, em declarações à BTV.
Após eliminar o Valongo nos quartos de final (vitórias por 7-0 [em casa] e 2-4 [fora]), o Benfica é uma equipa «confiante», segundo o seu líder, mas defronta um rival com o mesmo sentimento, que se classificou na terceira posição na fase regular do campeonato, um lugar e um ponto abaixo (61) da equipa da Luz, e afastou o OC Barcelos (2-1 na série).
«Ninguém chega às meias-finais sem ter competência. A Oliveirense provou-o durante a época, nós fomos crescendo, fomos recuperando lugares e acabámos por chegar a um lugar que muitos não esperavam que acontecesse. Temos, acima de tudo, de tirar proveito disso, do fator casa, e agarrar essa vantagem com determinação», conclui Nuno Resende.
Na Oliveirense, o treinador Edo Bosch pretende aplicar a arma mais eficaz que identifica na sua equipa esta temporada. «A coesão, a forte união entre a defesa e o ataque. Vamos com expectativas altas para este primeiro jogo, que reconhecemos ser importante, aguardando uma eliminatória muito equilibrada como tem sido toda a época, e que poderá ser decidida nos pormenores». O técnico espanhol assume o «respeito pelo Benfica», mas crê que o adversário tão o deve à sua equipa. «Creio que sim, deve», sublinhou o espanhol a A BOLA.
Champions a dobrar
Na Dragão Arena (17 horas), o clássico FC Porto-Sporting reedita recente duelo entre arquirrivais na mesma eliminatória da Liga dos Campeões. Então, na Final Four no Pavilhão Rosa Mota, os leões bateram os dragões a caminho do título. O treinador leonino Alejandro Domínguez quer repetir o resultado, agora no trajeto que o clube de Alvalade pretende que seja para a reconquista do campeonato nacional.
«A capacidade que podemos ter e eles a nós de nos surpreendermos a nível tático e estratégico é mínima. Conhecemo-nos muito bem», começou por definir o treinador do Sporting. «Toda a estrutura tática já está trabalhada há bastante tempo, a equipa tem o seu ADN bem definido, mas haverá três possíveis jogos no Dragão e será neles que se vão ver as diferenças. As diferenças vão aparecer aí, no rendimento individual, na capacidade que os jogadores tiverem de sacar a sua personalidade e de renderem ao máximo nível, ou acima do máximo nível», referiu o técnico argentino em declarações aos meios de comunicação do seu clube.
Alejandro Dominguez terminou a antevisão ao primeiro jogo das meias-finais com curiosa análise ao seu homólogo do FC Porto. «Sou amigo do seu treinador [Ricardo Ares] e temos a mesma conceção do hóquei, um jogo para as pessoas e não para especular, não somos estritamente resultadistas. Eles têm muitas ferramentas, porque têm jogadores de um nível extraordinário. São duas equipas muito verticais, muito diretas, o resultado na Champions assim o diz, com muitos golos: 6-5. Creio que existirão muitos golos, porque nenhuma equipa vai renunciar ao seu ADN».
No FC Porto, o defesa Telmo Pinto considera importante, para a sua equipa «começar desde já a vencer, beneficiando do fator-casa». Para conseguir o sucesso no arranque, o internacional diz que o «controlo do jogo pode ser fundamental», frente a um adversário «forte e bastante coeso», constituído por jogadores «frios e calculistas», que «encara muito bem este tipo de jogos». De qualquer modo, Telmo Pinto garante que os dragões estão «prontíssimos».