«Eleições vergonhosas que marcarão negativamente a história da modalidade»
João Lagos pediu intervenção do IPDJ, do secretário de Estado, do TAS e da PGR nas eleições da Federação de Ténis agendadas para sábado. Em causa está a indicação do presidente cessante Vasco Costa para secretário-geral
João Lagos decidiu denunciar a várias entidades aquilo que considera ser umas «eleições vergonhosas». O empresário responsável pelo Estoril Open entre 1990 e 2014 escreveu na sua página de Facebook que «o ténis português merece líderes que sirvam a modalidade, não os seus próprios interesses.»
Só há uma lista às eleições da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), encabeçada por João Paulo Santos, vice do presidente cessante nos últimos 12 anos, Vasco Costa, mas a polémica é maior do que se o ato eleitoral, agendado para sábado, fosse disputado por vários candidatos. Em causa está a passagem de Vasco Costa para secretário-geral da FPT, uma escolha que tem causado vários protestos, sendo o empresário um dos mais ativos.
João Lagos revelou nas redes sociais que que apresentou uma «exposição e pedido formal de intervenção» ao presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e Conselho Nacional para a Integridade do Desporto, Secretário de Estado do Desporto, Conselho Nacional do Desporto, Tribunal Arbitral do Desporto e Procuradoria-Geral da República, assumindo que «quando os valores da ética e da integridade estão em causa, o silêncio não é uma opção».
«O que está em causa não é apenas o presente, mas o futuro do ténis em Portugal», justificou, prometendo avançar com outro tipo de iniciativas.
Esta semana, as associações de ténis do Porto, Leiria, Aveiro e Vila Real criticaram, em comunicado, a forma como foi construída a candidatura de João Paulo Santos, «bem como a sua proposta para governação da FPT», considerando que «não era a adequada» para «prosseguir o ciclo de desenvolvimento do ténis em Portugal».
Se a estas associações se juntar Lisboa, as cinco entidades representam 58% dos clubes e 63% dos federados em Portugal. «A confirmação da situação pré-eleitoral e a constituição da lista eleitoral, são situações graves e alarmantes de inobservância das regras, violação da gestão democrática e transparente, atropelo de princípios gerais, desobrigação para com deveres de representação e responsabilidades, institucional e orgânica, dos membros da direção para com associados e para com a própria FPT. A situação deve ser sindicada pelas competentes entidades», divulgou em comunicado a Associação de Ténis de Lisboa.