Volta a França Tadej Pogacar: «Agora ninguém tem dúvidas sobre a forma de Vingegaard»

Esloveno admite ter ficado surpreendido com a recuperação e o sprint final do dinamarquês, mas nega ter perdido batalha psicológica e que os Pirenéus se adequam mais aos treinos que fez

Tadej Pogacar e a sua equipa voltaram a tomar a iniciativa e o esloveno a atacar os adversários. O camisola amarela deste Tour chegou a isolar-se mais de 30 segundos, mas foi alcançado por Jonas Vingegaard, que depois derrotou-o no sprint final.

O objetivo de Pogacar seria amealhar mais algum tempo de vantagem sobre os adversários, mas acabou por perder um segundo na soma das bonificações. E certamente mais relevante terá sido o golpe anímico no duelo que cada vez mais se afigura com o dinamarquês.

De qualquer modo, o líder da Volta a França não exprimiu ideia de derrota após a etapa. «Foi um dia muito bom. A minha equipa fez um excelente trabalho. Senti-me bem em Puy Mary e tentei atacar de longa distância», disse Pogacar.

«Também me senti bem na descida, até que a minha bicicleta derrapou, fazendo-me perder um pouco a confiança nesse momento. Também creio que gastei demasiada energia nos quilómetros seguintes em direção ao Col de Pertus», continuou a análise o segundo classificado na etapa.

«O Jonas [Vingegaard] fez um grande esforço para recuperar, provando que está em grande forma. Esperei um pouco, porque queria garantir os segundos bónus no topo. Por isso, sabia que a última subida não era suficientemente inclinada para lançar um novo ataque, por isso esperei pelo sprint final. Cometi um pequeno erro, porque não estava à espera deste tipo de chegada e não conhecia as últimas centenas de metros. Também não esperava um sprint tão forte do Jonas», reconheceu Pogacar, que alargou para 1.06 minutos a vantagem na geral para o segundo classificado Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e tem 1.14 minutos (menos 1 segundo) sobre Vingegaard, terceiro da tabela.

 «Não creio que tenha perdido a batalha psicológica», continua o esloveno. «Ganhei-lhe na primeira subida, depois ele recuperou na segunda. Ficámos praticamente empatados. Agora só falta manter esta diferença sólida até aos Pirenéus. Essas subidas serão muito diferentes e mais adaptadas ao esforço que fiz nos treinos para me preparar para o Tour. Tenho a certeza de que ninguém tem dúvidas sobre a forma de Jonas», concluiu.