«Qualificar-me na Costa de Caparica é de outro mundo»
Guilherme Ribeiro (Caparica Wave)

«Qualificar-me na Costa de Caparica é de outro mundo»

SURF30.03.202421:32

Guilherme Ribeiro, 22 anos, cumpre o sonho de se apurar para o Challenger Series

Guilherme Ribeiro terminou em 7.º lugar o Qualifying Series (QS), circuito regional europeu da World Surf League, e garantiu uma das sete vagas no Challenger Series (CS).

Um sonho concretizado ao atingir os quartos de final do Caparica Surf Fest 2024, última etapa do QS Europeu, na praia do Paraíso, Costa de Caparica, de onde é natural o atleta.

«Foram muitos nervos, emoção e trabalho. Faço os QS há muitos anos, comecei cedo na Costa como wildcard (convite) e qualificar-me na Costa de Caparica é de outro mundo, com os meus amigos, a minha família, namorada, todos, é especial», assumiu Guilherme Ribeiro à A BOLA.

«É um orgulho ser da Caparica, surfar e conquistar este objetivo máximo aqui», realçou ao destacar um sentimento especial ao qual só faltou a vitória na etapa.

«A família Ribeiro, eu, o meu irmão, pai e mãe somos muito chegados. O abraço que dei ao meu pai (na véspera das finais) representa a nossa família, o trabalho e a felicidade», justificou o surfista de 22 anos.  

«O meu pai acompanhou-me desde sempre nesta maratona, agora já não está tão presente, não é o treinador oficial, foi até aos 15 anos, mas mais do que ninguém quer que conquiste os meus sonhos», sublinhou, confidenciando ter sentido «ao longo do campeonato uma conexão gigante com o mar».

 «Já lá fui para espreitar, agora é para competir»

O Challenger Series começa com a dupla perna australiana, Bonsoy Gold Coast Pro, em Queensland, 27 de abril a 4 de maio e o GWM Sydney Surf Pro, 9 a 16 de maio.  

Guilherme Ribeiro é o terceiro português nesta competição de qualificação para o CT depois de Vasco Ribeiro e Frederico Morais.

É para o Hemisfério Sul que o campeão europeu Eurosurf, em 2023 e campeão nacional da Liga MEO na temporada 2022 vira as atenções.

 «No ano passado fui até lá para ver o campeonato a roer-me todo para ver se alguém caía para entrar, mas não consegui, nem mesmo em Portugal. Já lá fui para espreitar, agora é para competir», rematou ciente de que algo de novo na carreira o espera.

 «É um mundo diferente e há muito sumo para beber dali e para aprender», confessou. Uma aprendizagem que passa pelos testemunhos de quem já viveu esta experiência de competição.

«O Vasco Ribeiro enviou-me mensagens e tal como o Kikas são duas pessoas de referência e também tenho de beber o sumo deles», finalizou.