Guilherme Ribeiro: «É a minha hora!»
Surfista da Costa de Caparica está a um degrau de se qualificar para o Challenger Series. Títulos do circuito europeu da WSL decididos na Caparica Surf Fest, na praia do Paraíso, entre 26 e 30 de março, e Yolanda Hopkins pode terminar a prova com duas taças.
Teresa Bonvalot e Guilherme Ribeiro têm, em casa, a última oportunidade de se juntarem a Yolanda Hopkins no Challenger Series, circuito secundário da Liga Mundial de Surf (World Surf League) e garantirem na 9.ª edição do Caparica Surf Fest, na praia do Paraíso, Costa de Caparica, entre 26 e 30 de março, uma das sete vagas masculinas (mais wildcard) e quatro femininas (wild-card), para o ambicionado CS.
À entrada da última etapa da temporada 2023/2024 do Qualifying Series (QS), circuito regional europeu da WSL masculino (QS3000) e feminino (QS1000), o prévio apuramento para o CS de três surfistas franceses integrados no top-10 masculino, dominado por gauleses - John Duru, Marco Mignot e Maxime Huscenot -, abrem as porta da qualificação a Guilherme Ribeiro, passa de 11.º para 8.º do ranking QS.
«Nunca estive tão perto de me apurar para o Challenger. Quero o meu bilhete de qualificação, estou a um lugar e é dar tudo. Não tenho nada a perder e tenho muito a ganhar», sublinhou em conversa com a A BOLA.
«Na época passado era possível, mas estava ainda a alguns pontos de distância. Esta, foi o meu melhor ano no QS. É a minha hora, tenho vindo a escalar neste circuito de qualificação, cada ano que passa tenho subido no ranking, tenho as fichas todas nesta etapa e só falta mesmo entrar», frisou. «Adoro estar sob pressão e esta é a temporada perfeita para ter esta pressão pela confiança que sinto atualmente», reforçou.
«Tenho andado a treinar na Costa há três semanas, na praia do Paraíso, o que foi ótimo para a minha confiança», acrescentou o surfista da Costa de Caparica à margem da conferência de imprensa que decorreu no WOT.
«O fundo de areia já mudou três vezes em três semanas. Os fundos mudam, mas a praia será sempre mesma», garante, ressalvando que nunca ter enfrentado na Costa «as condições que vamos apanhar», numa alusão à tempestade esperada.
«Apesar do mar diferente, o feeling está lá», adiantou Guilherme Ribeiro, 22 anos, que espera forte apoio. «Sei que a praia vai estar cheia e terei lá família e amigos. Falta de apoio não vai faltar», assegurou.
Recentemente qualificada para os Jogos Olímpicos Paris-2024, a olímpica Yolanda Hopkins, campeã europeia em título e líder do ranking QS, tem nas mãos a revalidação do título europeu e a requalificação para o CS, antecâmara de acesso ao circuito mundial de surf (Championship Tour).
«Não preciso de ganhar para ser campeã, mas seria um bónus levar duas taças para casa» gracejou Yolanda Hopkins, garantida no CS e à procura da primeira vitória na Caparica. «Nunca ganhei aqui», informou, a sorrir.
Apesar ter feito somente duas etapas na presente temporada, Rip Curl Anglet Pro, em França, que venceu (sexta vitória da carreira) e o Abanca Patin Classic, na Galiza (9.ª), a também olímpica Teresa Bonvalot, 4.ª da hierarquia, vencedora em 2021 e 2022 na Caparica, está igualmente bem posicionada para repetir a qualificação para o CS.
Na edição passada do Caparica Surf Fest, Mafalda Lopes, surfista local, arrebatou o primeiro QS da carreira na etapa de consagração de Yo como campeã europeia. Este ano, estarão na água 13 atletas no quadro feminino e 15 surfistas na competição masculina.