Volta a França Pogacar: «Se a Visma tentar atacar-me mentalmente não vão ganhar»
'Camisola amarela' do 'Tour' comentou a primeira semana da corrida e em especial a etapa da gravilha, no último domingo, referindo-se à atitude competitiva de Jonas Vingegaard e da sua equipa
Tadej Pogacar afirma que se Jonas Vingegaard e a Visma | Lease a Bike tentarem atacá-lo mentalmente irão dar-se mal. Esta foi a resposta, perentória, do líder da Volta a França, ao ser confrontado pelos jornalistas com as estratégias do dinamarquês e da sua equipa na etapa da gravilha, no domingo, em conferência de imprensa, esta segunda-feira, no primeiro dia de descanso no Tour.
O esloveno foi questionado sobre se considerava que o objetivo das táticas defensivas daqueles adversários seria afetá-lo mentalmente. «Se tentarem fazê-lo, não vão ganhar. Têm corrido em função de mim, mas isso já acontecia nos anos anteriores, por isso não me afeta, irei fazer a minha corrida», afirmou.
Pogacar não considera Jonas Vingegaard menos forte do que em 2023, desvalorizando os comentários do dinamarquês sobre o seu nível de forma, em consequência de uma preparação para o Tour condicionada pelas graves lesões sofridas na queda no início de abril na Volta ao País Basco. «Vimos, desde as primeiras etapas em Itália, que ele estava em boa forma. Ele tenta diminuir o seu nível, mas posso dizer que está em grande forma e que está muito focado», frisou.
O corredor, de 25 anos, refuta qualquer ideia de que possa estar receoso de Vingegaard. «Não o receio, não tenho medo do Jonas. Devo mesmo dizer que tive mais medo do Remco na etapa de ontem [domingo] do que do Jonas, porque Remco estava a voar. Pelo contrário, pudemos constatar, também ontem, que foi o Jonas e a Visma a recearem-me. O Jonas focou-se apenas em mim e creio que ficou um pouco assustado. Veremos nas montanhas como as coisas vão acabar», disse Pogacar.
O vencedor do Tour em 2020 e 21 enverga a camisola amarela desde a vitória na etapa do Galibier (4.ª) e tem 33 segundos de vantagem sobre Remco Evenepoel, que elogia. «Tiro-lhe o chapéu. É a primeira vez que corremos um contra o outro numa grande Volta e tem sido muito bom enfrentá-lo. Como vimos no domingo, pode ser superagressivo, é um grande adversário, muito desafiador. Para mim, é bastante positivo competir contra um corredor como ele, que dá tudo de si e tenta fazer a diferença».
Após a primeira semana de competição, Pogacar tem 33 segundos de vantagem sobre Remco Evenpoel, 1.15 sobre Vingegaard e 1.36 sobre Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe), e diz-se satisfeito. «Estou muito mais confiante este ano do que no ano passado. Estou satisfeito com as vantagens sobre os meus rivais. Em 2023, tinha de recuperar tempo para o Jonas [Vingegaard], mas agora é o contrário. É uma situação mais confortável para mim, mesmo que 33 segundos para Remco (Evenepoel) não seja uma vantagem impressionante, e Jonas e Primoz [Roglic] também não estão longe. Por isso, deverá haver belas batalhas nas próximas etapas», concluiu».