Hipismo Insólito: Grand National acaba com três cavalos mortos e 118 detidos por protestos

MAIS DESPORTO16.04.202318:40

Três cavalos morreram e 118 ativistas do ambiente que procuraram algemar-se aos ferros das vedações da pista, foram detidos, pela acusação de «danos criminais e delitos de ordem pública» no Grand National, a mítica corrida anual de cavalos que se realiza anualmente há 184 anos, desde 1839, na pista principal (6,907 km) do Hipódromo de Aintree, perto de Liverpool (Inglaterra), e cuja prova principal decorreu no sábado, dia 15.

Um dos cavalos participantes, o ‘Hill Sixteeen’, veio a falecer após uma queda logo no primeiro obstáculo do percurso da corrida principal do programa deste fim-de-semana, enquanto os outros dois equídeos também acabaram por falecer após outras corridas de menor monta durante o festival.

A polícia britânica, de Merseyside, confirmou este domingo à BBC «nove detidos» na pista por protestos ambientalistas e cerca de uma centena mais «por bloquearem a M57 [autoestrada] anexa».

A vitória na corrida principal, cujo início, no sábado, foi atrasado 14 minutos das habituais 16,15 horas devido aos protestos dos ambientalistas no local, foi para 'Corach Rambler', montado pelo jóquei Derek Fox.

Já ‘Hill Sixteen’ teve de ser sacrificado após lhe ser detetada uma fratura na sequência da queda num dos obstáculos do percurso. Mas este foi já a terceira morte entre cavalos na edição do corrente ano da prova, depois de 'Dark Raven' e 'Envoye Special', que já tinham, também, acabado por sucumbir após outras corridas de menores distâncias e importância do Gran National Festival, que se iniciou dia 14, sexta-feira, adianta a Marca.

Imagens de TV mostram ativistas ambientais a invadirem o percurso e a serem retirados à força pela polícia britânica.

O grupo ambientalista ‘Animal Rising’ confirmou nas redes sociais que ativistas seus acederam ao recinto em Aintree, e avançam uma justificação para a ação de protesto, que culminou com vários dos seus simpatizantes e militantes atrás das grades.

«A vida de inocentes cavalos de corrida nada conta em nome do entretenimento e do jogo. Aintree, o pior de todos os hipódromos, é uma vergonha, e o Jockey Club e as corridas britânicas deviam envergonhar-se pelo que temos visto em três dias», postou neste dia nas redes sociais do grupo um autodenominado porta-voz da ‘Animal Rising’.

Desde o ano 2000, 62 cavalos perderam a vida no Grand National Festival: desses, 16 encontraram a morte durante a corrida principal, quatro deles em 2022… e agora mais três na edição do corrente ano.

Veja, nos 'tweets' abaixo e em anexo, algumas das imagens da polícia britânica a remover os manifestantes ambientalistas em Aintree, partilhadas por um ativista no Twitter: