10 agosto 2024, 10:59
Imane Khelif e o ouro «com sabor especial»: «Sou uma mulher como qualquer outra»
Pugilista argelina sagrou-se campeã olímpica da categoria -66 kg depois da polémica pela qual passou em Paris 2024
Advogado da pugilista diz que argelina foi vítima de «campanha misógina, racista e sexista»
Um dia depois de se sagrar campeã olímpica de boxe, na categoria -66 kg, Imane Khelif decidiu apresentar queixa em Paris, por cyberbullying.
10 agosto 2024, 10:59
Pugilista argelina sagrou-se campeã olímpica da categoria -66 kg depois da polémica pela qual passou em Paris 2024
A informação foi avançada pelo advogado da pugilista argelina, Nabil Boudi, acrescentado que a lutadora foi alvo de uma «campanha misógina, racista e sexista» e que a polémica «continuará a ser uma mancha nos Jogos Olímpicos de Paris 2024».
Imane Khelif esteve no centro das atenções mediáticas na primeira ronda do torneio olímpico de boxe -66 kg, quando Angela Carini desistiu após 46 segundos de combate, o que suscitou muitas acusações de internautas da africana ser um homem. Isto depois de ter sido desclassificada do Mundial de 2023 por ter falhado supostos testes de género que, contudo, nunca foram revelados.
«Depois de ter conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a pugilista Imane Khelif decidiu iniciar um novo combate: pela justiça, pela dignidade e pela honra.
A Sra. Khelif remeteu o caso para a empresa, que apresentou ontem uma queixa por cyberbullying agravado à unidade de ódio do Tribunal de Paris.
A investigação criminal irá determinar quem esteve por detrás desta campanha misógina, racista e sexista, mas também terá de analisar aqueles que alimentaram este linchamento digital.
O assédio iníquo sofrido pelo campeão de boxe continuará a ser a mancha dos Jogos Olímpicos.»