Diogo Costa diz que apoios do COP podem ser «curtinhos, mas...»
Diogo Costa, velejador português em Paris 2024 (COP/Francisco Paraíso)

Diogo Costa diz que apoios do COP podem ser «curtinhos, mas...»

PARTE 2 - Em entrevista a A BOLA TV, o velejador português e a parceira Carolina João aboradram os recursos financeiros de que dispuseram, contudo garantem que tiveram melhor estrutura do que em Tóquio 2020; falaram ainda das superstições que tiveram durante a prova

Tanto Diogo Costa e Carolina João foram questionados sobre o apoio financeiro que os atletas portugueses têm na preparação olímpica. Admitindo que às vezes podem ser «curtinhos», a dupla portuguesa destacou que a estrutura técnica de que dispuseram em Paris 2024, em relação a Tóquio 2020, fez toda a diferença especialmente para dar a volta a dois dias menos bons, nos quais foram desclassificados na primeira regata, e após terminarem em 16.º e 14.º na 3.ª e 4.ª corridas, respetivamente.

«Percebemos que realmente é preciso profissionalizar o desporto e profissionalizar a vela para conseguir fazer alguma coisa de jeito», disse Diogo em entrevista a A BOLA TV. «Depois tivemos toda uma estrutura por trás, que não tivemos para Tóquio. Conseguimos trabalhar com uma equipa técnica completa», completou Carolina, que salientou ainda o papel da psicóloga em recuperar do mau arranque da prova.

Mas, «felizmente», há os patrocinadores e às câmaras municipais, que também apoiaram o treino dos velejadores. «Penso que, com todas as ajudas em conjunto, conseguimos fazer uma campanha olímpica bastante boa. É verdade que não temos todo o apoio ou a dimensão financeira que outros países têm. Esses talvez estejam um bocadinho mais à frente em termos de testes de material, porém conseguimos fazer um muito bom resultado com aquilo que temos», assegura Diogo.

 As superstições também ajudam…

Apoios financeiros e (muito) dinheiro à parte, as superstições dos dois também tiveram uma palavrinha a dizer. Diogo assumiu-se como uma pessoa muito supersticiosa. Se também salientou o papel da psicóloga no ponto de viragem dos resultados em Paris 2024, destacou a importância… do caminho que fazia para a prova. Ou melhor, como o fazia.

Depois de nos primeiros dois dias ir sempre de autocarro do hotel para a competição, decidiu mudar no terceiro dia. Desde então apanhou sempre a trotinete elétrica e os resultados mudaram – ficaram em 2.º e 4.º lugar nas regatas desse dia.

Carolina não é supersticiosa. Ou pelo menos não se assume como tal. Mas também após dois dias de resultados menos bons, adotou outra estratégia: o «geladinho». Também a partir do segundo dia, passou a comer um gelado no final do dia. Mesmo que não lhe apetecesse, tal como aconteceu no último dia, quando ficaram em 2.º na medal race. Coincidência ou não, trouxeram, diploma olímpico na mala.