Artem Nych, corredor do momento em Portugal: «Sinto-me muito bem, mas equipa é que conta»

Russo da Sabgal-Anicolor esmagador em duas corridas consecutivas: GP Beiras e GP Abimota. Define objetivos ambiciosos, mas sempre com o coletivo à frente do individual...

Artem Nych é o corredor do momento no ciclismo em Portugal. O russo da equipa Sabgal-Q8-Anicolor venceu o recente Grande Prémio Abimota com uma vantagem substancial e somou o quarto triunfo esta temporada, o segundo consecutivo em corridas por etapas, após o GP Internacional Beiras e Serra da Estrela.

Quarto classificado na edição de 2023 da Volta a Portugal, na sua estreia na prova mais importante do calendário da Federação Portuguesa de Ciclismo, Nych assume que está em grande forma para atacar o verão, época alta da competição velocipédica no nosso país.

«Sinto-me muito bem, após ter regressado, há pouco tempo, de um estágio em altitude na Serra Nevada com alguns companheiros de equipa. Foram 20 dias bem aproveitados e os resultados refletem-nos». No GP Abimota (31 de maio a 2 de junho), Artem Nych foi o expoente da supremacia da Sabgal, que colocou o uruguaio Mauricio Moreira na segunda posição da geral, a 36 segundos do colega de formação, depois de ambos terem coroado o trabalho coletivo com os dois primeiros lugares, isolados, na primeira etapa da corrida.

«Eu e o Mauricio [Moreira] completámos o excelente trabalho da nossa equipa, à qual agradeço pelo esforço, foram magníficos, todos. Depois disso, aproveitámos as subidas finais para ganharmos uma vantagem importante, que veio a ser decisiva para a geral», explicou o corredor, de 28 anos, que aponta a metas, algumas bastante próximas - «queremos continuar a vencer, e já no GP do Douro Internacional [7 a 10 de junho] e no GP Anicolor [14-16 junho]» - e outras que se seguirão e que valoriza mais ainda.

«Os nossos grandes objetivos são o GP de Torres Vedras e, claro, a Volta a Portugal, essas corridas queremos mesmo ganhar», esclarece Artem Nych, que à A BOLA insistiu em sobrepor os interesses da equipa aos pessoais. «Não é importante quem ganha, se eu ou se outro companheiro meu, o que interessa é a vitória ficar na equipa», frisa o russo que cumpre a segunda temporada na Sabgal, sempre cauteloso em definir objetivos individuais.

«A Volta a Portugal?... Nunca sabemos como iremos sentir-nos numa corrida como essa. Quanto a mim, não sei mesmo, só sei que darei, como sempre, o meu melhor todos os dias. Repito, fundamental é a vitória final ser de um corredor nosso!», reforça.