Lateral quer fazer uma boa Copa América e depois das férias ver como 'param as modas'; presente passa por vingar ao serviço do Brasil
Wendell nunca foi tão falado como agora. Desde que fez a estreia pela seleção brasileira, o lateral-esquerdo, chamado pela canarinha para a Copa América 2004, ganhou um estatuto que, aos 30 anos, o torna um alvo apetecível para grandes clubes europeus.
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«Tenho uma competição ainda por disputar. A época ainda não terminou para mim. Então, eu estou concentrado e focado agora na Seleção Brasileira. Espero fazer um grande trabalho lá. Depois tem uns diazinhos de férias e aí vamos pensar no que vai acontecer», soltou, ele que tem mais um ano de contrato com o FC Porto e é já falado para alvo da Juventus e do Bétis.
A Copa América pode até abrir-lhe mais portas. «Vou trabalhar para ser titular no Brasil. Tenho que respeitar o meu concorrente, tenho que respeitar os jogadores que estão ali. Espero poder jogar e ajudar a seleção a vencer. Se vou ser titular ou não, isso depende do treinador», sintetiza, desfazendo a ideia de que tem parte do pensamento centrado no mercado. «Não, tenho é que me focar na Seleção. Acho que o FC Porto agora passou, porque acabou a competição. Tenho mais uma competição para disputar, mas é pelo Brasil. Até agora estava focado só no FC Porto. De segunda-feira até hoje, já mudei um pouco o meu chip, tenho que me concentrar agora na seleção. E é isso que eu vou fazer. Espero fazer uma grande Copa América e daí, o que vai acontecer, só Deus sabe», insistiu.
Do treinador ao segurança
Wendell chegou ao FC Porto em 2021 depois de sete temporadas no Bayer Leverkusen. Experimentou dificuldades de adaptação, mas na última campanha apresentou um nível excecional. «Acho que o meu plano individual sobressaiu porque tinha um grupo muito forte e uma equipa técnica também muito forte. O Sérgio Conceição, o Vítor Bruno, o Dembelé, os outros membros da comissão técnica, os jogadores, o grupo de futebol, o individual sobressaiu é porque o coletivo era muito forte», destaca.
«Agradeço ao Sérgio e a toda a sua equipa técnica, aos meus companheiros, do rapaz da segurança lá em baixo no Olival, até ao pessoal da cozinha. Acho que todos me ajudaram a ser o melhor jogador hoje. E agradeço por essa oportunidade que me deram de ter feito uma grande época a nível individual. O coletivo é muito forte e temos um treinador e uma equipa técnica que retiram o máximo de nós todos os dias», acentua.
«Na minha primeira época aqui no FC Porto tive muitas lesões, então atrapalhou um pouco ainda a minha adaptação. Na segunda época já tive mais minutos em campo, já me adaptei mais ao que o treinador queria e ao que me pedia. E nesta última época, graças a Deus, tudo correu bem. Acho que foi uma época interessante e espero que termine em alta também, que ainda tenho uma competição a disputar. Mas, sim, foi uma época interessante e muito boa individualmente», sorri.
«Espero que na próxima época o FC Porto consiga o título que não conseguiu esta temporada. Sabíamos que o nosso principal objetivo era o campeonato, infelizmente, ficamos muito longe, mas na próxima época temos que pensar em vencer todas as competições em que vamos entrar. E é isso, o FC Porto luta até ao final pelos títulos que tem para disputar», constata Wendell.