Vítor Bruno: «Fomos completamente avassaladores»

Vítor Bruno: «Fomos completamente avassaladores»

NACIONAL15.09.202418:09

Treinador do FC Porto explicou que a sua equipa podia estar a golear ao intervalo e que outro resultado que não a vitória não seria justo

O FC Porto recebeu e venceu o Farense, por 2-1, num jogo em que os golos surgiram todos na segunda parte, mas, segundo Vítor Bruno, os dragões mereciam estar a golear ao intervalo, algo que não aconteceu devido à grande exibição de Ricardo Velho na baliza.

«O FC Porto ganhou porque tinha de ganhar e ganhou bem. Acho que se alguém questiona a vitória do FC Porto hoje é porque alguém viu um jogo diferente. O Ricardo Velho fez uma exibição fenomenal, falhamos, não sei, 7, 8 lances de golos, 4 bolas nos postes. Fomos avassaladores, completamente avassaladores, a primeira parte podia estar completamente fechada com 3, 4 ou 5 a 0 e não era favor nenhum», começou por dizer, em entrevista rápida à Sport TV, antes de falar sobre a segunda parte e o erro de Otávio, que originou em golo de Tomané.

«No abrir da segunda parte fazemos um golo e depois num erro individual que faz parte daquilo que é o nosso crescimento, dos passos que temos de dar em frente para ganhar maturidade, mas a equipa está preparada para responder e proteger sempre um colega que possa errar. Foi à vista de todos, não vale a pena estar aqui a esconder, foi um erro individual, mas é de alguém que trabalha bem, que é sério, que a mim não me incomoda porque sei do que ele é feito, ele e a equipa. A equipa sentiu e sentiu necessidade de voltar a agarrar o jogo e camuflar esse erro e ganhar um jogo, que é perfeitamente justo. Acaba por ser quase ridículo estarmos aqui a falar de poder não ganhar eventualmente este jogo, porque foi demasiado avassalador para aquilo que foi o resultado final, em termos de números», explicou, afirmando que o central brasileiro vai recuperar rapidamente da situação.

«Faz parte do crescimento deles, o Otávio estava numa realidade completamente diferente, com todo o respeito para o Famalicão, que não tem a exigência que tem o FC Porto. O próprio Moura também é o primeiro jogo que faz aqui hoje, tudo isto leva tempo, requer alguma capacidade da nossa parte de agarrar aquilo que é um contexto de exigência maior. Eles vão dar os passos que vão ter que dar, a essência está lá, o ADN está lá, marca FC Porto está presente, é uma questão de maturar comportamentos, que depois de um erro não querer resolver a fazer coisas brilhantes, jogar simples, jogar fácil, curto, abordagens pela certa, nos timings corretos. Aconteceu, ele vai crescer com o erro e tem a capacidade de receber e aprender a cada treino que passa, esse é o nosso papel e confiamos muito no Otávio», garantiu, falando, de seguida, sobre as muitas mudanças no onze, principalmente na linha defensiva, onde fez entrar os reforços Francisco Moura e Nehuén Pérez, assim como João Mário.

«Não, receio não, porque estas duas semanas permitiram-nos trabalhar em cima daquilo que foi uma linha defensiva nova. Ficaram cá os quatro, não foram para as seleções, deu tempo para trabalhar e assimilar muito daquilo que são os conceitos da nossa linha defensiva. Todos eles estão muito perto de chegar às portas da seleção. Temos jogadores com perfis diferentes e ver mediante o adversário», disse, comentando ainda as críticas de José Mota à equipa de arbitragem sobre a grande penalidade assinalada aos portistas.

«É uma opinião, não tenho de a comentar, é um treinador, está a defender a sua equipa. Pouco há a dizer, se põe em dúvida um penálti que é factual. O Samu tem a frente ganha, encosta para golo, há leis que são para cumprir, as camisolas não são para ser agarradas, sinceramente não vejo onde há a questão», finalizou.