Sporting Uma tendência que vem do ano do título: sabe qual?
O Sporting assaltou com todas as forças a baliza do Portimonense no jogo de sábado no Algarve, fez vinte remates à baliza superiormente defendida pelo japonês Kosuke Nakamura, mas o golo redentor, da autoria de Paulinho, apenas surgiu ao minuto 77, dois minutos depois do avançado nascido em Barcelos entrar em campo. Confirmou-se, assim, uma tendência dos leões esta temporada: do total de 47 golos em todas as provas, 20 foram apontados nos derradeiros 15 minutos das partidas.
«Meninos e meninas, senhoras e senhores, por favor, não saiam dos vossos lugares», costumam anunciar os speakers dos circos, como que prometendo que uma das melhores partes do espetáculo está guardado para a parte final. E esta frase bem que também poderia ser aplicada ao futebol leonino e ser dita por Rúben Amorim que, por exemplo, nos últimos oito encontros, apenas não viu a sua equipa marcar no último quarto de hora nas partidas de Chaves - e aqui bem poderia ter acontecido porque Chermiti desperdiçou um penálti ao minuto 84 - e diante do Estoril, quando Bellerín colocou o leão em vantagem ao minuto 40 e Trincão serpenteou para um grande golo aos 51.
De resto, houve jogos em que os golos na reta final da partida foram decisivos para os resultados positivos ou menos maus dos leões, como frente ao Rio Ave em Vila do Conde (1-0, por Chermiti aos 84), Midtjylland em casa (1-1, por Coates aos 90+4) e agora frente ao Portimonense (1-0 por Paulinho aos 77).
Do lote de goleadores que podem tardar mas não falhar destacam-se Paulinho, com três golos nos instantes finais, pois além de Portimão também marcou ao Tottenham (2-0) e ao Arouca (2-1 na Taça da Liga); Pedro Gonçalves, com os mesmos três - no 3-0 ao Rio Ave, no 5-0 ao SC Braga para a Liga e no 4-0 em Herning, frente ao Midtjylland e Nuno Santos - no 3-0 em Frankfurt, no 4-0 caseiro ao Portimonense e no 2-1 frente ao Santa Clara.
Portanto, os golos quando os jogos caminham a passos largos para o seu final são um suplemento de alma para o leão que em 2020/2021, a referente à do último título, demonstrava uma especial apetência para resolver jogos no finalzinho das partidas, como aconteceu com o bis de Coates (83 e 90+1) frente ao Gil Vicente em Barcelos (virando de 0-1 para 2-1) ou com o golo caseiro do uruguaio frente ao Santa Clara, já nos descontos (90+3), depois de Rui Costa ter empatado. Nessa temporada, destacar ainda o empate caseiro a duas bolas, diante do B-SAD, depois da equipa liderada por Rúben Amorim ter estado em desvantagem por 0-2. Coates (83) e Jovane Cabral (90+6) assinaram o empate na reta final da partida.