Alex Telles no Botafogo-Criciuma
Alex Telles no Botafogo-Criciuma
Foto: IMAGO

Tudo decidido nos descontos: Botafogo empata e tem golo anulado no último lance (vídeos)

Final de loucos no Maracanã, com as duas equipas a marcarem nos minutos finais

A história do Botafogo-Criciúma, da 30.ª jornada do Brasileirão, bem podia começar a ser contada só aos 90 minutos de jogo. Vamos a isso, então.

A equipa de Artur Jorge estava a ter dificuldades em dominar o adversário mesmo jogando em casa (ou melhor, em casa emprestada: o jogo foi no Maracanã, porque o estádio do Botafogo tinha um concerto de Bruno Mars a decorrer à mesma hora...), até entrar no tempo de descontos. Aos 90+1', o ex-FC Porto Tiquinho Soares - que havia entrado aos 79 minutos - marcou, de cabeça, aquele que os adeptos do fogão esperavam ser o golo de uma vitória arrancada no fim.

Só que, apenas três minutos depois, o Criciúma chegou ao empate, por intermédio de Felipe Vizeu, também de cabeça e com assistência do ex-Sporting Yannick Bolasie.

Todas estas incidências levaram o árbitro a prolongar o tempo de compensação além dos 10 minutos, e foi nesta altura que aconteceu o último e mais polémico lance do jogo: num canto para o Botafogo, Tiquinho ia fazendo o bis, mas o guarda-redes do Criciúma afastou, com uma espetacular defesa. Na recarga, Barboza rematou para o fundo da baliza e foi a loucura no estádio, mas o lance viria a ser invalidado por suposta mão do central.

Com este resultado, o Botafogo mantém a liderança do Brasileirão, com 61 pontos, mas pode ver o Palmeiras de Abel Ferreira a aproximar-se.

Após a partida, Artur Jorge lamentou sobretudo a distração do Botafogo no golo do empate do Criciúma: «Depois de marca, nós tínhamos de saber conservar aquela vantagem. Não fomos capazes, até porque era um momento de transição, com três/quatro jogadores para sair. Isso custa-me e destaco-o aos meus jogadores. Evitável. Foi mais erro nosso do que criação do adversário.»

Alexander Barboza, que teve um golo anulado no último lance do jogo, falou assim sobre esse momento: «Eu não senti o toque no braço. A bola pega na boca. Eu tenho um cara aqui (aponta para um braço) e outro aqui (aponta para outro braço) e pego a bola. Se o VAR apitou, deve ter sido mão. Eu não senti.»