Títulos, pé cosido e justificações: saiba tudo o que disse Rúben Amorim
Rúben Amorim, treinador do Sporting (Rui Raimundo/ASF)

Allianz Cup Títulos, pé cosido e justificações: saiba tudo o que disse Rúben Amorim

NACIONAL23.01.202423:04

Treinador leonino dissecou derrota com o SC Braga na Taça da Liga

- Que análise faz a um jogo em que o Sporting não conseguiu marcar, apesar de ter tido inúmeras oportunidades, acabando por perder o jogo? 

- Não foi culpa dos jogadores, foi mais do treinador… Devia ter deixado assentado mais o jogo, mas se não mexesse naquela altura, já tinha a substituição na cabeça, não queria ir aos penalties, quis ganhar nos 90 minutos… O SC Braga sentiu-se muito confortável, mas tivemos várias oportunidades, acabámos por perder um jogo de sentido único. Parabéns ao SC Braga. 

- Acha que esta derrota terá um impacto negativo na equipa? 

- Não terá impacto, temos menos uma competição, mas é obrigatório ganhar títulos este ano, temos mais pressão, há menos um título, ganhando hoje e ganhando a final, não mudaria nada. A pressão é a mesma queremos ganhar os outros títulos. 

- Os adeptos no final do jogo reagiram de forma bastante positiva. 

- Foi tão óbvio durante o jogo que queríamos ganhar, jogámos bem e pela finalização perdemos o jogo. Os sportinguistas apoiam porque sabem que há mais títulos, demos tudo, isto não acaba aqui, temos quatro meses para dar o sprint final.  

- Pode explicar porque tirou Coates? 

- Coates sai porque tínhamos de ir pelos corredores, com Trincão no lugar do Esgaio íamos pressionar à frente. A equipa foi sempre melhor que o Braga, mas o pior momento foi quando não assentamos as alterações e não ajudou. 

- A Taça da Liga era o troféu mais fácil que havia para conquistar?

- Este troféu seria o mais fácil porque faltam apenas dois jogos, por aí seria mais fácil, mas se ganhássemos a Taça da Liga não íamos descansar, queremos algo muito importante para o clube, nesse sentido não mudaria nada, mudaria o ambiente, há jogadores que ainda não ganharam. Não haverá relaxamento, queremos uma coisa muito óbvia desde o primeiro dia e vamos atrás, um bocadinho desesperadamente!

- Reconheceu que a equipa andou perdida alguns minutos, faltou estofo de campeão? 

- O estofo vamos ver no fim. Têm que olhar para os factos. Olho para os jogos deste ano e não vejo um jogo em que merecíamos ter perdido por termos sido piores. O que interessa é o resultado, entendo isso, mas o estofo no fim é que se vai ver. A equipa esteve perdida cinco  minutos, em pontapés para a frente, segundas bolas, mas em nenhuma fase do jogo podemos considerar que o SC Braga esteve melhor. 

- Gyokeres parecia estar a coxear? Passa-se alguma coisa? 

-  Não, deve ser a seguir a alguns lances, pode ter alguma dor, mas depois segue, não me pareceu limitado. 

- Foi a primeira vez que o Sporting ficou em branco está época. Teme que esse fator crie alguma ansiedade para o futuro? Falou também no desespero pela conquista de títulos. Refere-se ao plano desportivo ou também ao financeiro?

- Financeiramente o Sporting está bem orientado, a minha parte não é financeira, preocupei-me mais com isso quando chegámos cá, neste momento não tenho problemas com isso. Estamos desesperados porque é um clube grande e queremos muito vencer. Quando a bola começar a rolar com o Casa Pia, a história vai ser diferente. Temos mais fome. 

- Disse que o Quaresma precisava de mais jogos bons…

- Nem precisava de responder. Tem sido uma surpresa para toda a gente. A forma como ataca e consegue ir buscá-los, a sua condição física... É muito óbvio o que tem demonstrado.

- Pedro Gonçalves estava em dúvida, mas foi titular, forçou alguma coisa? 

Não, teve uma coisa que não é muscular. Cortou-se no pé e teve de ser cosido, jogou cosido. Não sou de forçar nada, também fui jogador. Fez um excelente jogo e em sacrifício.