Steve McClaren, antigo treinador-adjunto do neerlandês, continua a achar que ele é o homem certo para levar o Manchester United à glória e que esteve bem na polémica que levou à saída do internacional português
Quase dois anos depois da saída polémica de Cristiano Ronaldo do Manchester United, Steve McClaren, antigo treinador-adjunto de Erik ten Hag, comentou pela primeira vez a situação, dando a razão ao neerlandês.
«Não posso criticar a sua abordagem. Ele lidou muito bem com a situação. Eu disse na altura que ele era o homem certo para entrar. Isso ficou demonstrado na forma como lidou com a saída de Cristiano Ronaldo. Ten Hag chegou com padrões definidos, regras definidas, uma forma de jogar e se não se corresse, não se jogava. Ele era rígido nisso, como os holandeses são. Ele sabia que era isso que era necessário. Não podia haver flexibilidade, não havia forma de os jogadores poderem fugir a essa responsabilidade», explicou, apontado ao facto de que o internacional português não fazia pressão no ataque e que não ajudava os seus colegas defensivamente, apesar dos muitos golos que marcava.
Internacional português falou da falta de ambição do neerlandês, que o treinou antes da saída para o Al Nassr. «Todos têm direito a ter uma opinião», atirou o técnico dos 'red devils'
«Era isto que se tinha de fazer… ou não se jogava. E ele assumiu o Ronaldo e com toda a razão. Outros treinadores tentaram adaptar-se, o Erik não achou que fosse necessário fazer isso. O Ralf Rangnick tinha tentado e não tinha resultado e o Ole Solskjaer também. Por isso, ele manteve-se firme e desenvolveu outros jogadores», acrescentou.
Para finalizar a discussão, relembrou a situação de Rashford, que se atrasou para a reunião de antevisão ao encontro com o Wolverhampton e, por isso, perdeu a titularidade, algo que o atleta aceitou e não encarou como um drama.
«Em casos como o atraso em reuniões, que foi bem documentado, o do Wolves, quando Marcus Rashford se atrasou um minuto ou dois para uma reunião no dia do jogo. Ten Hag colocou-o no banco, mas acabou por pôr Rashford em campo e ele marcou o golo da vitória. Coisas como essa são importantes. A disciplina era importante, os padrões eram importantes, o comportamento era importante. Toda a gente sabe isso sobre o United. Foi isso que ele trouxe. Algumas pessoas não gostavam disso, é normal, mas ele nunca se afastou. É essa a sua força», finalizou.