Liga Sporting ruge em Guimarães com nota elevada (veja o resumo)
Entrega, dinâmica e duas equipas muito encaixadas. Utilizando sistemas idênticos, com algumas movimentações até semelhantes, os primeiros minutos em Guimarães foram marcados pelo equilíbrio. Com o Sporting a explorar a profundidade dos alas (Esgaio e Nuno Santos) e o Vitória mais cauteloso, povoando os setores com muitos elementos, todos eles bem encaixados nas peças que maior perigo criavam no Sporting.
Deste jogo quase de espelhos poucas vezes os guarda-redes foram incomodados. Algumas ameaças como o remate de André Silva (3’), para os vimaranenses, ou de Diomande (5’) e Morita (12’), para os leões, traduzia a pouca produtividade junto das balizas. Um dos lances de maior perigo, curiosamente, acabou por ser um remate intercetado de Esgaio que, com espaço (24’), já na área, atirou forte e cruzado para um corte arrojado de Mikel. O tempo foi passado, a bola rolava muito, mas sempre em zonas de maior tranquilidade, longe das balizas. Um notório medo de errar entre as duas equipas que procuravam uma injeção de confiança nas derradeiras jornadas. Sem nenhuma equipa a disparar, capaz de soltar as amarras do adversário, sem uma velocidade coletiva capaz de desbloquear um jogo muito morno.
Rúben Amorim (que assistia das bancadas após a expulsão na partida com o Arouca) não gostava do que via. E pior ficou quando em cima do intervalo se gritou golo para o Vitória. Num lance genial de Johnston a tirar Nuno Santos do caminho, cruzando, depois, para André Silva para finalizar. E foram… 7 centímetros a salvar o leão, pois o golo acabaria por ser invalidado pelo VAR por fora de jogo do brasileiro. Apito para o intervalo e aguardavam-se melhores 45 minutos finais.
Das expetativas… ao golo foram precisos dois minutos. Pedro Gonçalves, quem mais? Recuperação de Morita, dá para o goleador leonino que, fora da área, rodou sobre a bola e atirou forte e rasteiro junto ao poste esquerdo de Celton Biai. Era o que o jogo precisava para desbloquear. Sobretudo do lado dos leões que se encheram de confiança. O Vitória foi obrigado a abrir espaços e o Sporting, que teve em Morita um verdadeiro comandante no centro do terreno, foi galgando terreno e chegou com mais perigo junto da baliza minhota que não acertava, nesta fase, o posicionamento defensivo para travar as investidas de Edwards, Pedro Gonçalves e Nuno Santos.
O crescimento de Chermiti na etapa final, sobretudo nos movimentos, acabou por ser chave muito importante neste período e o jovem leão até esteve perto de marcar (54’ e 60’ e 66’). Com a sua saída, Amorim reforçou a aposta no ataque móvel (Pedro Gonçalves, Trincão e Edwards) e o leão ficou ainda mais feroz. Foi criando algumas ocasiões mas acabou por pecar na finalização. Mesmo assim, com o jogo relativamente controlado, Amorim optou por retirar o esgotado Pedro Gonçalves e lançou Arthur para os últimos minutos. O Sporting não perdeu poder de fogo e com um bloco defensivo muito consistente foi aguentando a tímida pressão vimaranense. O leão, por sua vez, nunca tirou o pé de acelerador (Trincão permitiu defesa sublime de Celton Biai aos 86’ após um túnel de Morita) e Coates ainda festejou (lance invalidado por fora de jogo do VAR).
Mas o golpe final haveria de ser dado por Arthur Gomes, num lance que começou em Adán, com o brasileiro a ganhar espaço, remata cruzado e consegue bater Celton Biai que ficou muito mal na fotografia. Assim como toda a equipa vimaranense na etapa final… O Sporting vence de forma justa sobretudo pelo que criou no segundo tempo.
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