18 setembro 2023, 00:23
Rúben Amorim elogia Hjulmand mas não esquece... Morita
Treinador leonino, no final da partida, estendeu elogios a toda a equipa, e fez a análise de um triunfo merecido dos leões
O que o dinamarquês deu ao jogo do Sporting e que Ugarte não dava; Morita é complemento perfeito para o nórdico; juntos são o coração deste novo leão que ocupa o topo da tabela
Dois nomes: Morten Hjulmand e Hidemasa Morita. São eles que dão vida ao renovado leão. Com múltiplas funções. Podem destruir, pautar e marcar ritmos de jogo, gerir a bola, acelerar ou abrandar mediante aquilo que o adversário está disposto a fazer, enfim, são o coração da equipa, num setor onde Rúben Amorim não permite… falhas. Desde Palhinha, Matheus Nunes, João Mário, Ugarte ou até Pedro Gonçalves, nunca faltaram opções (de qualidade) para uma zona onde os protagonistas são escrutinados ao mínimo detalhe. E, convém lembrar, houve quem falhasse. Basta lembrar casos recentes, como os de Mateo Tanlongo ou Sotiris. Duas apostas que serviram de alerta para atacar o último mercado de forma minuciosa, apontada a um único objetivo e com margem financeira.
Foi aqui que entrou Hjulmand. Um médio com perfil diferente a Ugarte, mais posicional e inteligente na leitura do jogo, sem perder a agressividade e poder de recuperação do uruguaio nos duelos. A aposta, essa, parece ganha. Uma certeza justificada pelos números do nórdico neste arranque de época. Só no jogo com o Moreirense, o dinamarquês somou quatro desarmes, três interceções, dois dribles eficazes e um golo. O segundo nos seus 173 (!) jogos como profissional. Depois das ameaças (e dos golos anulados por fora de jogo) nos jogos com o Famalicão e na sua estreia na Seleção. E aqui, olhando para esta vertente, os remates de meia distância, o nórdico ganha ao uruguaio. Perde na condução e raio de ação, mas ganha no posicionamento tático e inteligência do desarme. Mas também na liderança (dinamarquês era capitão do Lecce) e no carisma (como ficou bem evidente nos aplausos e carinho que recebeu das bancadas após a saída do jogo com o Moreirense).
E entre estas dúvidas, se o leão ficou a perder ou ganhar com a saída de Ugarte e entrada de Hjulmand, há uma certeza: o Sporting joga de forma diferente. Com maior consistência e uma dinâmica mais letal no capitulo ofensivo. E já poucos questionam os €18 milhões da operação da contratação do dinamarquês. As agulhas viram-se e agora já todos começam a pensar quanto poderá render o médio de 24 anos. Desportiva e financeiramente.
A estreia a marcar em Alvalade foi um momento especial e ficou gravada com H grande. Esse carinho foi respondido pelo próprio nas redes sociais. «Grande noite em Alvalade! Muito feliz pela vitória e por me ter estreado a marcar. Obrigado a todos os sportinguistas pelo apoio incondicional! Agora é tempo de preparar o jogo de quinta-feira... Vamos», escreveu.
18 setembro 2023, 00:23
Treinador leonino, no final da partida, estendeu elogios a toda a equipa, e fez a análise de um triunfo merecido dos leões
E se o rendimento de Hjulmand tem sido elevado muito tem contribuído Morita, o tal japonês que, segundo Rúben Amorim, pede «mil vezes desculpa por dia». O seu nome, apesar dos elogios globais ao dinamarquês, não foi esquecido pelo técnico, dando conta de se tratar de um médio «completo». E os números atestam essa abrangência de soluções do nipónico. 91% de eficácia de passe, nove recuperações de posse, 4 remates (2 enquadrados), nove passes longos certos. Rendimento máximo em quase toda a linha.
Morita, aos 28 anos, um médio que quando foi contratado ao Santa Clara tinha um valor de mercado de €1,5M subiu nesta altura, segundos dados do Transfermarket, a fasquia para os €12 milhões. O nipónico, tal como Hjulmand, agradeceu o apoio nas suas redes sociais.
«Gostava de ter sido abençoado com um golo mas não consegui. De qualquer maneira agradeço a Deus por proteger a minha família», escreveu.
Hjulmand e Morita prometem ser a dupla efetiva deste leão no miolo. Mesmo que Rúben Amorim tenha falado em outras opções como Daniel Bragança, Dário Essugo ou até Gonçalo Inácio. Mas também aqui o leão parece estar a ganhar. Pois, ao contrário do passado recente, pode atacar todas as frentes com um leque mais alargado de soluções.