«Só não via o talento de Mora quem não queria»

NACIONAL30.12.202407:30

Pequeno génio encanta plateias e cava o seu espaço como 10 puro. António Folha, que o chamou aos 'bês' aos 15 anos, diz que ainda tem muito mais para mostrar

Rodrigo Mora já conquistava os corações dos adeptos portistas muito antes do recente ciclo de três jogos frente ao Estrela da Amadora, Moreirense e Boavista, onde brilhou com três assistências e dois golos.

Aos 17 anos, este pequeno génio é pura fantasia em campo, finalmente a ganhar espaço na equipa principal após um processo de maturação cuidadosamente conduzido. Para os que sentiam falta de um verdadeiro número 10, ele chegou – e em grande estilo. Os portistas mais atentos já se deliciavam com os seus dribles e golos na equipa B, mas agora Mora revela-se em todo o seu esplendor, a um nível competitivo superior.

Embora o talento precoce de Mora fosse evidente, poucos previam que António Folha o chamasse para a equipa B com apenas 15 anos. Foi um ato de coragem ou uma perceção clara de que ali havia um diamante por lapidar? As duas coisas. «Só não via o talento de Mora quem não queria, ou quem tinha os olhos fechados ao óbvio», comentou o antigo treinador do jovem craque a A BOLA. Contudo, Folha prefere economizar nas palavras, defendendo que o momento é de «desfrutar do futebol» de Mora e deixar que a sua ascensão natural continue no palco principal.

Apesar de evitar os holofotes, António Folha é uma figura incontornável na carreira de Mora. Foi ele quem apostou no jovem prodígio tão cedo – promovendo-o à equipa B antes mesmo de passar pelos juniores e pela Youth League – e quem manteve um olhar atento ao seu desenvolvimento. «Além do talento natural, é um miúdo muito tranquilo, que vive o futebol com uma alegria imensa e está sempre bem-disposto. Agora, é continuar a trabalhar e a desfrutar do seu talento. O que ele está a fazer ainda é pouco para aquilo que pode alcançar», destacou Folha, sublinhando que o FC Porto tem em Mora um jogador absolutamente diferenciado.

Num olhar mais abrangente, Folha expressa o seu orgulho por outros talentos que passaram pelas suas mãos e hoje brilham no clube, como Diogo Costa, Martim Fernandes, Gonçalo Borges e muitos outros jovens que começam a afirmar-se. «Claro que fico orgulhoso por eles. É aproveitar e, sobretudo, desfrutar desses talentos», concluiu.