Sem dores de cabeça: tudo o que disse Schmidt
Roger Schmidt, treinador do Benfica (GEPA pictures/IMAGO)
Foto: IMAGO

Sem dores de cabeça: tudo o que disse Schmidt

NACIONAL28.12.202314:05

Treinador do Benfica em conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Famalicão

O que esperar do último jogo de 2023

«Espero um bom jogo, queremos ganhar. Defrontámos o Famalicão há algumas semanas para a Taça de Portugal e vimos que é uma equipa muito organizada, compacta, com muita qualidade nas transições e com jogadores de qualidade na frente de ataque. Nesse jogo tivemos paciência para decidir e amanhã [nesta sexta-feira] será o mesmo. Estamos a viver um bom momento de forma e queremos ganhar o jogo.»

Tengstedt está lesionado?

«Casper [Tengstedt] lesionado, sim. Não é opção para o jogo de amanhã [nesta sexta-feira] nem para os próximos jogos em janeiro. Temos de encontrar soluções e temo-las no nosso plantel.»

Como justifica os dias de férias concedidos a Otamendi e Di María?

«Quanto a Nico [Otamendi] está suspenso [cinco amarelos]. Demos a Di María autorização para ficar mais uns dias por razões pessoais, mas eles têm feito muitos jogos quer pelo Benfica quer pela seleção [argentina], têm sido submetidos a um calendário muito apertado. Penso que esta decisão é sensata porque este descanso terá resultados nas próximas semanas.» 

Já avaliou o mercado e que posições quer reforçar em janeiro?

«Já respondi a isso na última conferência de imprensa: a janela de transferências de inverno é diferente da de verão, há ajustamentos a fazer na equipa porque uns não estão contentes, outros esperam jogar mais. Podemos fazer algumas mudanças, mas só no final da janela do mercado haverá uma ideia clara, porque hoje não sei dizer em concreto o que irá acontecer a esse respeito. Bernat, Bah e Neres voltarão em janeiro e a partir daí teremos outro cenário. Não estamos sob pressão para fazer muitas alterações.» 

Tem a garantia de que jogadores como António Silva e João Neves não saem?

«Falo com eles todos os dias e estamos a meio da época. Temos grandes objetivos e não queremos deixar sair ninguém. Além disso ninguém quer sair, como tal isso nem é assunto.» 

Surgiu a notícia em França de que o Marselha quer Arthur Cabral. Uma experiência fora seria boa para ele ou não prescinde do avançado brasileiro?

«Arthur está aqui connosco. Claro que o início de época não foi perfeito nem fácil para ele mas, tem treinado para melhorar a sua performance e para se tornar um ponta de lança de topo. Ele quer continuar, está muito focado, tem vontade e a mentalidade que queremos. Estamos a trabalhar para que ele suba de nível no Benfica. Portanto, isso nem é assunto.»

Voltando ao jogo com o Famalicão. As várias baixas preocupam-no? 

«Na minha opinião o Famalicão é uma equipa que joga bom futebol, não só porque estão bem na classificação mas porque são bons taticamente, têm ideias claras sobre o que fazer em campo. Fazem muitos cruzamentos, muitas trocas de jogadores na frente, que aceleram bem o jogo e respondem bem a cruzamentos. Eles desafiam os adversários e jogar de forma muito intensa. Quanto às ausências acho que não me preocupa, estou focado apenas nos jogadores que estão disponíveis. São novas oportunidades que surgem, novos jogadores que aparecem. Isto pode ser uma vantagem para nós nas próximas semanas: ter mais jogadores em forma para os jogos que teremos pela frente.»

Confirma que Neres já está a trabalhar no Seixal?

«Ele está de volta a treinar aqui, é o ultimo passo de recuperação. Está a trabalhar no campo, realizando programas individuais. Espero que volte em janeiro aos treinos com a equipa e quando estiver apto sabemos como ele pode jogar bom futebol, como pode mudar o ritmo de jogo, vimo-lo num nível de topo numa determinada fase nesta época. Será como termos um jogador novo, ficaremos felizes por ele voltar.»

O momento atual da equipa é aquele que mais se aproxima do Benfica da época passada?

«Fiemos bons jogos esta época, a questão é que destruímos a nossa performance pelo que fizemos na Champions. Mas a equipa está num bom momento desde há várias semanas, tem estado num bom nível, as abordagens são diferentes porque temos jogadores diferentes em algumas posições, mas temos estado flexíveis no ataque, estamos bem no pressing e nas transições quando ganhamos a bola, estamos consistentes. Mas ainda podemos melhorar, nomeadamente na eficácia: temos de materializar melhor as oportunidades que criamos, as estatísticas mostram isso, que é um aspeto que temos de melhorar. Mas vejo alegria no campo, muitas conexões, a mistura está lá toda. O nível é semelhante ao da época passada.»