Benfica «Schmidt não se pode queixar de falta de opções»

Álvaro Magalhães, antigo lateral-esquerdo das águias e ex-internacional português, numa curta análise à derrota do Benfica no Bessa, na passada segunda-feira, por 2-3, foi pragmático:

- O que perde e ganha a equipa com a saída de Jurásek e a entrada de Ristic?

- Gostei de ver Jurásek com o Boavista. É mais sólido defensivamente que Ristic, joga mais pela certa, é mais rigoroso taticamente, cruza e apoia bem o ataque, é um lateral completo. Tinha dito que Ristic iria começar a época como titular [entrou de início FC Porto, na Supertaça] porque conhece melhor a equipa. E Ristic é muito mais rápido que Jurásek, especialmente com a bola nos pés. São dois laterais muito bons e que dão confiança ao treinador.

- Que avaliação faz à substituição de Di María por Morato depois da expulsão de Musa?

- Negativa. Não fazia sentido entrar um central, porque a equipa estava compacta, tranquila a defender e ficou sem um jogador para atacar. Faria mais sentido manter Di María e reforçar a equipa com um ala, David Neres, tirando Kokçu, que estava menos bem, e puxando Aursnes para o meio com o João Neves. Rafa continuaria na frente, manteve capacidade de criar perigo e teria de ajudar a defender. O Petit não estava a dormir, o Boavista começou a jogar pelos flancos e criou perigo.

- A derrota pode ter consequências negativas?

- Acredito que não. Não se ganha o campeonato na primeira jornada, mas, claro, era importante vencer depois da conquista da Supertaça. O treinador terá de tirar ilações, ver em que falhou, pôr a equipa a jogar de outra forma. E não se pode queixar de falta de opções, esta equipa está mais forte. Este campeonato será mais difícil, os adversários reforçaram-se e sabem bem como joga o Benfica.